Concerto das Vassouras |
Ivan de Oliveira Melo |
Resumo: Às vezes nossas ilusões são varridas para bem longe de nós... |
Não quero que cantes diante das tundras,
Lá não tem eco, há balaústres e horrores
Que excitam a malevolência de obsessores
E a melodia fica oca, sem notas jucundas.
Quero tua voz como meu único alforje
Para escutá-la perante os ímpios, a impiedade...
Quero trucidar o incesto fúnebre da mocidade
Para ter a certeza de que de mim tu não foges.
Desejo açodar-me no turbilhão das sendas
A fim de que possa evitar que tu ofendas
As cicatrizes dum tempo que dorme em lantejoulas...
Espero que os ventos, persuadidos, vomitem brisas
E derramem sobre as cacholas o ar que minimiza
As ilusões varridas pela piaçava das vassouras!
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Biografia: Nascido em Recife, em 09/10/1953. Professor de língua portuguesa e literatura. Poeta desde adolescente. Livros publicados: SINFONIA DE AMOR; POESIA, AMOR E VIDA; REFLEXOS; SEARA DE RITMOS; SO...NETANDO.Temas mais comuns em seus versos: o amor, a natureza, o homem, o socia, o cosmos, o metafísico,
religiosidade... |
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