Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
Morte enuvial
Maria Luiza

I
O ar não se condensa, apenas é gélido.
No ar brota a dança do coração fétido.
Tão perverso, tão negro, tão pesado,
Não há escapatória, por mais alado.

A densidade pode ser cortada com uma faca,
O silêncio nasce, o silêncio reina. Ele mata.
As lágrimas alheias que no teu pranto cria,
São marcas esculpidas da ilusão sombria.

Talhado com mil faces, em base de brutalidade.
Do ar fúnebre em combustão, o ar da saudade.

II
Tão rasteira, tão delicada. Silenciosa.
Está aguardando na curva mais sinuosa.
Escorre o manto por tua face dourada,
Apaga as lembranças da alegria recuada.

Tão voraz, repentina. Deliciosa.
O alívio do radical, da agonia tempestuosa.
Tão abrasadora, tão suave, tão gentil.
Ignora a força do músculo mais vil.

Pesa-te nos ombros, pressiona suas pálpebras.
Sensações tão cruéis, tão pacíficas. Cálidas.


Biografia:
Número de vezes que este texto foi lido: 61651


Outros títulos do mesmo autor

Poesias Desvaneça-se Maria Luiza
Poesias Sedento por almas Maria Luiza
Poesias Terral Maria Luiza
Poesias Interior Maria Luiza
Poesias Vazio e bruto Maria Luiza
Poesias Cromoexaltação Maria Luiza
Poesias Evasão Maria Luiza
Poesias Voraz Maria Luiza
Poesias Morte enuvial Maria Luiza
Poesias Amor em dísticos Maria Luiza

Páginas: Próxima Última

Publicações de número 1 até 10 de um total de 15.


escrita@komedi.com.br © 2025
 
  Textos mais lidos
Os Dias - Luiz Edmundo Alves 63266 Visitas
Jornada pela falha - José Raphael Daher 63243 Visitas
O Cônego ou Metafísica do Estilo - Machado de Assis 63113 Visitas
Insônia - Luiz Edmundo Alves 63044 Visitas
Namorados - Luiz Edmundo Alves 63034 Visitas
Viver! - Machado de Assis 63009 Visitas
Negócio jurídico - Isadora Welzel 62967 Visitas
A ELA - Machado de Assis 62915 Visitas
PERIGOS DA NOITE 9 - paulo ricardo azmbuja fogaça 62855 Visitas
Eu? - José Heber de Souza Aguiar 62831 Visitas

Páginas: Próxima Última