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Amor em dísticos
Maria Luiza

Uma madrugada gélida há lá fora
Como nenhuma que havia sentido.
O frio permanece no ar estático,
Foi embebido.
Me contorço entre lençóis frondosos,
Enlaçando-me em diversas formas.
Busco o sono que à mim fugiu.
Ou ebuliu.
Ainda que se faça baixa a temperatura
Meu pensamento lhe é alheio.
Meu corpo, sensações, são uma só chama.
Que inflama.
Perco-me nas loucas divagações,
Busco nas alturas a tua imagem.
Seu sorriso cintila por um mero instante.
Tão distante.
Me encontro novamente em teus olhos,
- Que olhos! - que ao meio engole
Mesmo em direção ao que nada desola.
Me consola.
Pude te ver lentamente aproximar-se,
A cada passo, um pensamento se ia.
Um sorriso nos lábios de querubim.
Vinha à mim.
Me puxavas pelo pulso, que doce ternura.
Escorregava para teus braços abertos,
Seu riso largo é como um cálido canto.
Tanto…
Aconhegava-me finalmente ao teu peito,
Há uma sinfonia de mil sons no silêncio.
Sentia no ar o doce aroma da primavera.
E como era!
Beijava-te de leve os lábios, calmamente.
Há uma sombra enorme em meu sentido.
Uma elisão de pensamentos sem malícia.
A carícia…
Meus dedos tecem seus espessos cabelos,
Em qual das chamas perdi a ciência?
O ar me foge de forma errônea, imperfeito.
Rarefeito.
A urgência é evidente, não o solto.
Coração ao ponto de devorar ao seu.
Não se sabe mais que curvas as mãos se traçam.
Ou se enlaçam.
Enlaçava-lhe as pernas aos teus sutis quadris,
Olhava o par de olhos que conhecem a eternidade.
Nos amamos à pálpebras cerradas, talvez ao relento.
E em pensamento.
Suspirava eu, - e como suspirava você -
Em meio a afagos ardentes e loucos
Escondidos em meio a sóis noturnos.
Taciturnos…
Nossos gritos de amor foram sumindo,
Abro os olhos, percebo que já foi a manhã.
E todas as madrugadas insones, tu vens, tu vais…
Paz…


Biografia:
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