PERSONALIZAÇÃO DOS BENS PÚBLICOS
Pedimos um minuto de sua atenção para uma prática bastante corriqueira levada a cabo pelos administradores públicos nos três níveis de governos: Municipal, Estadual e Federal, que é exatamente a personalização do patrimônio público e dos serviços públicos. Cada novo “deus” que chega ao poder quer mudar toda a ordem do universo, como se o universo fosse doravante seu. Novas cores, novos símbolos, novas imagens, novos sons. Agora quem manda é o fulano de tal, o partido tal, a tal oligarquia política.
Imaginemos quantos recursos públicos são desperdiçados apenas para apagar as marcas da administração anterior. Reformas desnecessárias desperdiçam recursos e prejudicam os serviços. Agora pensamos nos estoques, tudo o que está nos estoques não serve para mais nada. Tudo será jogado no lixo ou desviado pelos peculatários de plantão, porque tudo deve ter as marcas e as simbologias da nova ordem universal, inclusive novos fornecedores.
Todos os Municípios, todos os Estados e a União Federal têm suas próprias cores, seus símbolos, seus brasões, suas armas. São representações simbólicas que identificam oficialmente as mais diversas unidades administrativas estatais. Estas identificações são oficiais e pertencem oficialmente ao Município, ao Estado a União Federal e não podem ser manipuladas enquanto permanecerem legais. Mesmo que o novo “deus” fosse muito poderoso e rico o suficiente para pagar com seus próprios recursos todas essas mudanças ele não poderia, porque o patrimônio é público e não particular.
As simbologias e as cores são e devem permanecer oficiais, nas repartições públicas, nos prédios públicos, nas escolas públicas, nos uniformes dos estudantes de escolas públicas, no material escolar dos estudantes... Não importa quem esteja no poder. Não importa qual partido esteja no poder, ou qual oligarquia. A simbologia permanece a mesma enquanto for legal e oficial. Praticamente em todo mundo as vestes dos médicos em exercícios são brancas. Quantos recursos economizariam e quantas ações positivas poderiam fazer com esses recursos se esse raciocínio existisse na rudimentar mentalidade dos nossos gestores públicos.
Com o nosso dinheiro esses gestores animalescos, e olha que essa é uma prática endêmica em todo Brasil, fazem de tudo para mostrar, de forma mais nítida possível, suas garras, seus urros, seus odores fétidos; porque como um leão selvagem, ele tem que demonstrar que agora existe um novo “deus”, um novo “rei” e toda a ordem do universo deve ser mudada, substituída; inclusive as “crias” do chefe derrotado devem ser assassinadas para que as fêmeas entrem logo no cio. Animais.
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