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Novas Lembranças - Parte 3
Comandos Internos; Quem nasceu pra dez réis; Minas Gerais; Fantasia... Também; Sombras.
Helena Mafra

Resumo:
Terceira parte do livro "Novas Lembranças"

COMANDOS INTERNOS

Mesmo não sendo robôs, pela vida a fora vamos introjetando tantas coisas do dia a dia de nossa educação, às vezes assustadoras e perigosas, sem que sintamos “a priori”... Há comandos internos que nos descaracterizam e nos prejudicam por toda a vida, fazendo parte de nós, sem serem nossos...São como u’a máscara indelével, feita de uma cola irremovível! Os piores comandos que recebi são terríveis e, por mais que se alerte, sem sentir, agimos ou falamos os revelando!
Os mais terríveis são: não exista, não viva, seja forte, seja rápido, seja perfeito, não ame, não seja amado, não seja alegre! E... ”muito riso, pouco siso”...
O perigo está em irmos introjetando estes comandos aos poucos, no correr de nossa vida, no dia a dia, desavisadamente, com as melhores das intenções de ambas as partes, isto é, dos comandantes e dos comandados.
Ouvir, calar, remoer tudo aquilo todos os dias, a todo momento no correr da vida, dá muito trabalho e muita ginástica mental, para separar o joio do trigo e discernir o absorvível e jogar numa lixeira imaginária, silenciosamente, o que não prestar ou o que deve fazer parte de nós.A imposição e a prepotência, a dominação, são terríveis! Muita coisa, pela persistência da fala e das atitudes, é absorvida, trazendo transtornos físicos ou orgânicos, o que sabemos hoje serem somatizações. Mas... e daí? O mal é feito regularmente e fica gravado na nossa alma, na nossa mente. As pessoas mais passivas, mais desanimadas, abúlicas, medrosas, consomem-se mais rápido, tendo doenças pulmonares e outras também graves, sem saberem o porquê. As outras podem esperar, pois mais tarde aquilo tudo arruína sua saúde lentamente, duradouramente, porque o mal já se instala logo, mesmo com a reação interior de não aceitação. Quando se reage contra o estado das coisas absurdas, exigências imponderáveis, é tida e havida como rebelde, execrada por todos, por alterar o correr da carruagem dos poderosos – os pais... Eles detêm, quase sempre, o poder e o saber e não podem ser contestados, nem desobedecidos, nem molestados.Crianças e adolescentes, anos passados, não sabiam onde estavam seus narizes; deviam ouvir, calar e obedecer sempre, mesmo os comandos absurdos, tudo! Nossa cultura, infelizmente, era essa...
Demos um salto enorme neste sentido, mas ainda acho um salto deformado porque por um lado vemos os que vão de um extremo a outro e, como ouvi de meu pai sempre, a virtude está nos meios e não nos extremos. Como muitos querem, este dizer não significa sermos medíocres, mas, sim, sermos equilibrados. Para mim a virtude está no equilíbrio...Sem dúvida... Entretanto, conseguir este equilíbrio não é fácil! E, de outro lado, temos os que, rejeitando estas atitudes prepotentes e querendo agir diferente, caem na indiferença, no medo de errarem, não fazendo nada. Tristemente vejo acontecer isto com a família e a escola, instituições encarregadas da educação, basicamente. Vejo os jovens sem norte, pagando caro por esta nossa incompetência. Preocupo-me fortemente com o presente e o futuro de nossos jovens desvalidos de segurança. Temos que nos encorajar e tomar as rédeas deste mundo cão. Se cada um tomar conta de seu interior, melhorando-o, estará concorrendo certamente para o aprimoramento até do mundo todo. Nosso mundo!
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                                  QUEM NASCEU PRA DEZ RÉIS...

Há coisas inacreditáveis que acontecem no correr de nossa vida!
Desculpando-me pela expressão um tanto ou quanto preconceituosa: “quem nasceu pra dez réis, não chega a vintém”, acho significar esta bobagem, mais ou menos, que a natureza não dá saltos... (outra bobagem...)! Enfim, isto se ouvia, com certa constância, de minha mãe, dentre muitas expressões marcantes, interessantes às vezes. Uso esta agora para lembrar-me um pouco, de alguma coisa inusitada acontecida comigo e tem a ver com o texto anterior, talvez fazendo parte dos comandos internos recebidos e que introjetamos sem perceber.
Fiz o Curso de Direito na Faculdade Milton Campos, como bolsista, generosamente concedida pelo meu irmão Artur esta bolsa, curso terminado com heroísmo, diga-se de passagem, pelas mil dificuldades enfrentadas durante todo o tempo, não tendo condições nem de buscar meu diploma que a esta altura, após vinte anos, deve fazer parte do museu da Faculdade, se é que existe lá um museu... É incrível, mas aconteceu! Claro, na época eu era Fonoaudióloga e exercia esta função, até com certa maestria, porque não dizer. Ao terminar o Curso me achava tão esgotada e assustada que parecia ter participado de uma maratona chegada ao fim, sem saber o quê fazer depois. Era como se estivesse com a mente obnubilada por algum entorpecente brutal. Isto rola em minha cabeça quase diariamente, numa frustração absurda! Até hoje não consegui resolver tal dificuldade, que se tornou uma muralha diante de mim. Não conheço caso igual! Ao término do curso, não consegui saber nem o que deveria fazer para me inscrever no exame da OAB, apesar de ter ajudado três colegas de turma nos estudos, emprestando-lhes cadernos de anotação, livros, para que o fizessem. A sensação que tenho é a de não ter dado tempo de me informar nem sobre o que fazer para pegar o diploma, mesmo tendo pago na Faculdade a quantia exigida para o registro do mesmo.Tudo me pareceu intransponível na época, muito mais depois com o passar traiçoeiro do tempo.
A dificuldade com que fiz o Curso até o fim, trabalhando numa Escola Fundamental, pela manhã, como supervisora, pois tinha o Curso de Pedagogia; à tarde em outra Escola da FHEMIG, como Fono e, à noite, o Direito, me deixou tão esgotada e assustada, claro, juntando-se a outras dificuldades familiares constantes e persecutórias, me azucrinaram, ao ponto de me deixarem atordoada e perdida totalmente. Para sair desta não tive um mínimo apoio nem incentivo. Para variar... Frustrações umas após outras, me agrilhoando mais e mais!...Ô vidinha “sem vergonha”!
Enfim, roí os ossos desta vida e me esqueci da carne ou do filé... O pior é que continuo roendo os ossos!...Até quando? Não sei...
Esqueci-me de Viver...


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                                                     MINAS GERAIS
Liguei, agora mesmo a televisão, com muita má vontade de prestar atenção em qualquer coisa dela, até que começasse o jornal das doze horas, em pleno dia cinco de dezembro, após um dia estafante de compras para o Natal. Minha mente estava em outras coisas... Passeava no meu cérebro uma visão engraçada sobre o Estado de Minas Gerais. Desde nova me empolgavam as histórias relatadas, informalmente, pelo meu pai e gravei na mente, como se tivesse um mata-borrão grudado, absorvendo tudo em redor de mim, incorrigivelmente, tudo que via e ouvia.
Hoje, neste momento, o apelo mental foi Minas Gerais... Não sei e nem quero me preocupar ou me aprofundar, se no Brasil, no mundo, acontece a mesma coisa...
Como se fossem tribos ou castas, cada cidade ou região qualquer, tem as famílias dominantes, caracterizando o ambiente, mesmo que algumas famílias não têm a marca de dominação, no pior sentido da expressão. Vamos lá...Itabira, Ferros: Os Drumond, os Alvarenga, Alvarenga Mafra, os Lage, os Oliveira, Carvalho, Bicudo, Procópio, etc.; Abaeté, Pompeu: Álvares, Álvares da Silva, Cordeiro, Campos... Sete Lagoas: Guimarães e outros; Diamantina: Mata Machado, Pimenta, Duarte, Durães e Alkmim, Mota, Mourão de Miranda, Mourão só, Eulálio de Souza, Andrade, Couto, Lessa, Lessa Couto, Araújo, Kosky Fernandes, Neves e muitos outros...Araxá: Lemos, Aguiar, Dumont, Maneira, Montandon, Paiva, Barreto, Melo, Barsantes Santos e muitos mais... Em Barbacena, quem não ouviu falar nos Bernardes, nos Andradas?   Não quero mencionar a Capital, pois nela, apesar de as famílias tradicionais do lugar, há gente de todos os cantos... O mosaico de cidade grande é complicado demais pro meu gosto, em se tratando deste assunto por si só emaranhado... Em décadas passadas era muito importante se saber a origem das pessoas e, ao ser apresentado, prestava-se atenção no nome completo de cada um. Quando jovem, lembro-me bem, que a instrução principal de meus pais, nos primeiros dias de aula do ano letivo, era no sentido de anotar o nome completo de todos os professores e ai de quem chegasse dizendo só o pré-nome! Isto quando, também, tínhamos mestres eméritos, respeitáveis e sábios... Quando se sentia honrado de ser mestre... Claro, que junto a isto, vinham conselhos e exigências descabidas, preconceituosas, a respeito de relacionamentos e amizades com colegas. Para estes últimos, ouvia-se e agia diferente do recomendado, às vezes. Não só o preconceito racial imperava, mas também o de classe social. Apesar de se driblar estes “conselhos”, ficavam arraigados em nossa mente estes que, com o tempo, se ia administrando e mudando, mesmo que não se tocasse nestes assuntos abertamente, pelo respeito exacerbado aos pais. Muita coisa se ouvia, calava, pensava e mudava aos poucos o que devia ser mudado, infelizmente, sem ruído, sem discussão do assunto. Se não fosse esta prepotência dos pais ou dos mais velhos e a submissão havida em épocas passadas, poderíamos ter mudado muita coisa, quanto aos preconceitos, que vigora até hoje...Mas era assim. Como já disse em outros trabalhos meus, nós, os jovens, não fazíamos nossa história, não éramos agentes ativos dela... Passivamente, sofríamos a ação do que nos passavam e exigiam na realidade. É claro que, devagar, para os mais afoitos, os mais conscientes, mais audaciosos e idealistas, a coisa era diferente, mas sempre um dualismo estava ali gritando, fazendo-nos, pelo menos, apesar de a grande e forte pressão contrária, pensar diferente, trazendo em conseqüência, atitudes diversas e muitas vezes conflitantes.
Meus pais eram educadores, com grande conhecimento e prática da psicologia e, como tal, diziam coisas muito interessantes como, por exemplo, que “a virtude está nos meios e não nos extremos”. Apesar de não agirem sempre tendo em vista estes dizeres, passavam para nós esta pérola. Algumas pessoas me questionam ao citar isto, dizendo ser ode à mediocridade... Para mim e para quem é ser pensante, é simplesmente, sim, uma ode ao equilíbrio...           

      
      Arte imita a vida...

                                 Fantasia... Também.

Vendo novamente a novela “Chocolate com Pimenta”, principalmente a parte quase trágica/cômica da “ d. Mocinha”, após o casamento, me reportei aos anos de 1950, quando eu saía da adolescência; um fato semelhante de outra moça, também já não muito novinha, em plena noite nupcial. A única diferença, aliás significativa, é que o noivo da época de minha juventude era um troglodita, um brutamontes, um grosseirão. Era este um militar e a moça professora de escola primária, como se denominavam as escolas de primeiras séries do ensino fundamental. A diferença dos dois fatos, separados não só pela época, mas também pelas situações em si mesmas é o seguinte: o noivo da novela, coitado, nem chegou a se despir e nem avançar na noiva, como é comum para os homens de qualquer tempo, se transformando a mulher em presa comível, até verificado isso no dizer famoso: “enfim, sós!” Se os dois têm a mesma pressa, ótimo! Junta-se a fome com a vontade de comer... Isso é horrível, grosseiro, mas não é a realidade, infelizmente, das cabeças das pessoas, hoje e sempre? Outros dizeres “como a carne é fraca”; “agora você é minha”; “ vou te comer à vontade”, dentre outros também grosseiros, machistas, sem qualquer ar de sutileza, de amor, de carinho, de afeto, de respeito, foi o caso do passado, tristemente real. O noivo em pauta, o brutamontes, era um baixinho invocado, falava sempre com voz estrondosa, dava gargalhadas idem, totalmente irreverente em qualquer lugar ou situação, mais machão ainda por ser militar, ou era militar para mostrar mais o machismo já existente, não sei...Ao chegar da Igreja, após o casório e depois também da estrondosa festança, no silêncio do quarto (será que houve esse silêncio?), avançou na moça, tentando arrancar-lhe a roupa e, ao mesmo tempo, tirando a própria, numa violência incrível, aterrorizando a pobre moça ainda virgem àquela altura, o que não deve ter sido fácil para ela conseguir tal façanha durante o noivado. Imagino... Bom... Ao ver o então marido, como veio ao mundo, avançando nela como uma fera famélica, não pensou duas vezes, fugindo pela janela do quarto, sentindo-se, acho, acuada, ganhando a rua, correndo apavorada, vestida somente de combinação, peça de vestuário que caiu em desuso, e das roupas mais íntimas ( calcinha e soutien), chegando , enfim, à casa dos pais, aos prantos, enlouquecida! Essa moça teve que se sujeitar a um tratamento psiquiátrico durante algum tempo. Depois ficou boa, pois teve vários filhos, todos com problema de comportamento como o pai... Acho que teve de ficar boa pra agüentar os filhos tão machões quanto o pai, de maneira um pouco amenizada, talvez pelo fortalecimento conseguido pela mãe durante o tratamento psiquiátrico... Pode ser... A vida deles deve ter se transcorrido dentro de uma certa normalidade possível, pois, depois de algum tempo, já nascidos um, dois filhos do casal, a moça desesperada andava normalmente no bairro, cumprimentava as pessoas, às vezes parando para um bate-papo, mas notava-se um sem graça qualquer de sua parte, ou pelos fatos conhecidos ou por timidez que se visualizava, essa timidez até, talvez, explicando o comportamento diante da agressão do marido. Parecia uma pessoa tranqüila, educada, simpática. Continuou lecionando na mesma escola, os filhos crescendo, pintando e bordando, esses recebendo surras terríveis do pai constantemente, pelas travessuras, logo do “anjo” do pai... Incoerências sempre acontecem na educação, em todos os tempos, em todo lugar... O ditado: “faça o que falo e não o que faço” é antigo e usual até hoje. A moça da história, como as circunstâncias exigiram, tornou-se “criança adaptada”, talvez à força, pois a força predominava naquela família, parece-me... Com força ou não, viveram e morreram a mulher e o homem e alguns filhos. Há uns dois vivos somente, até a presente data, dos seis que o casal teve. Por isso digo que muitas vezes a realidade e a fantasia se confundem; uma torna-se cópia da outra...
As novelas muitas vezes imitam essa realidade, apesar de floreadas as cenas para despertar mais interesse das pessoas... Mas as semelhanças com a realidade são impressionantes, principalmente para uma pessoa como eu que já vi e vivi muita tragédia e muitas histórias, cujo enredo que até deus duvida... Também, já com meus quase setenta e seis anos vividos...Não é pra menos...
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                                               S O M B R A S
Desde bem nova, criança ainda, tinha mania de observar sombras de tudo e de todos. Essa mania continuou vida afora, na adolescência, na fase adulta, perdurando até hoje na velhice. Oh! Chamei-me de velha! Isso é politicamente incorreto...Serei condenada por essa desfaçatez? Mas, voltando às sombras, lembro-me quando morei numa casa na rua Mato Grosso, no Barro Preto, cujas janelas de madeira, com persianas e eu me deitava na cama, deixando as janelas fechadas e me deliciava com as sombras nas paredes, como se estivesse assistindo a um filme. Permanecia horas a fio vendo a sombra das pessoas passando na rua, às vezes paravam para um bate-papo uns com os outros, cachorros que passavam, muitas vezes por sorte latindo por algum motivo que não vinha ao caso...Isto bem em frente da janela, para minha delícia. A gesticulação das pessoas se tornava bastante engraçada nas suas sombras. As paradinhas na rua, os gestos, as atitudes, eram hilárias muitas vezes. Ao se cansar com esta brincadeira, partia-se para o teatrinho particular com as mãos, desenhando vários bichos de sombras nas paredes: borboletas,cachorros, gatos, bodes, coelhos, etc.. Era muito divertido! Sei que não tínhamos o hábito, nem mesmo possibilidade de ir a um cinema, então criávamos o nosso como podíamos... Quando estava mais relaxada, andava na rua prestando atenção na própria sombra que mudava o jeito conforme o horário do sol. Acontecia quando se podia ainda caminhar nas vias públicas com certa calma, livre de ameaças ou de medos... A sombra do passado não nos amedrontava; a sombra da tristeza também não nos perturbavam tanto; a sombra do pessimismo, idem; a sombra do medo, também não nos atormentava; a sombra da mentira não nos sufocava; a sombra da dúvida quanto as pessoas não nos estarrecia. A sombra era apenas uma brincadeira divertida, inocente, que nos deliciava e nos envolvia. Hoje, infelizmente, até nossa própria sombra nos assusta. O mundo é outro e as sombras mudaram a conotação de brincadeira, de diversão, de fantasia. Triste fim da sombra inocente...
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Biografia:
Nascida em Diamantina,em 26-02-1931.Iniciei a escola aos seis anos,quando tivemos que nos mudar para Belo Horizonte,eu emeus sete irmãos,meus Pais,dois Educadores,sendo meu Pai Diretor da Escola Normal.Chegando em Belo Horizonte, de trem-de-ferro,éramos 11 pessoas desembarcando na Estação Férrea de BH,isto contando com empregada e um seu filho.Não me aceitaram no Grupo Escolar Barão do Rio Branco(não tinha sete anos ainda).No ano seguinte,já que morávamos na Rua dos Inconfidentes,fui matriculada no Barão.Estudei 1 ano aí,quando dois anos depois nos mudamos para o Barro Preto,passando a estudar nas Classes Anexas da Escola de Aperfeiçoamento Escolar,onde minha Mãe passou a estudar.Era uma Escola com poucos alunos,selecionados por Testes,para servir ao Curso de Aperfeiçoamento de mestras.Cursando o segundo ano aí,mudamo-nos para o Bairro de Santa Efigênia,quando passei a estudar no Grupo Escolar Pedro II.Depois deste Grupo, como eram chamadas as Escolas de primeiro grau.Passei para a Escola Normal,hoje Instituto de Educação, tendo feito aí,também,o Curso de Formação de Professores e,mais tarde, o Curso de Pedagogia, no mesmo lugar.Anos após,fiz o quarto ano de Formação, que era chamado também, de Cursos Adicionais.Anos depois fiz Pedagogia,também no Instituto de Educação.Até aí lecionei em várias Escolas e sempre fazendo outros Cursos de especialização em várias áreas.Lecionei em Belo Horizonte, em algumas escolas, aliás, desde o primeiro ano de Formação já comecei a lecionar numa Escola noturna para adultos...Dei aula também em Araxá, em três Escolas,já casada e com seis filhos, tendo nascido mais uma filha aí.Voltando de Araxá para Belo Horizonte, trabalhei na Secretaria da Educação,depois passei para uma Escola de crianças e adolescentes com dificuldades especiais,logo,logo, tendo feito um Curso Especializado, tendo a matéria Fonoaudiologia, quando me saí muito bem,passei a trabalhar com a Fonoaudiologia.Em 1983,com o reconhecimento da Profissão,além de receber a Carteira Profissional de Fonoaudióloga,emitida pelo Conselho Federal,com Sede no Rio de Janeiro,e fui devidamente nomeada Fonoaudióloga do Estado. Aos cinquenta anos de idade, resolvi fazer o Curso de Direito na Faculdade Milton Campos, onde me formei.Até Curso de Taquigrafia inventei de fazer!Foram muitos outros feitos, com devidos certificados.Estava iniciando o Curso de Direito quando me deu vontade enorme de escrever um livro e o escrevi, durante muitos anos, num trabalho enorme e está guardado sem editar até hoje! Casei-me em 1953, aos vinte e dois anos,fiquei viúva em 1978, com sete filhos. Hoje tenho vinte e um netos, um casal de bisnetos,todos lindos e inteligentes.Aposentei-me do Estado em 1988 e adoro escrever e ler, amo música clássica e lírica e vou vivendo até quando não se sabe...
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