Anti-poética.Antipática. |
André Francisco Gil |
Ser de coração rude
em vão importa
a sua atitude.
Nem esteta
nem espeta
sem estética
nem por tecido
anti-poética.
Naco de carne podre
para ratos do esgoto.
Tiveram de provar
poemas destas searas.
Terra seduzida
toda despida
já não dá comida
e nem bebida.
Nem versos brotam mais
aos borbotões.
Todos os versos
são de emoções
de lirismo exagerado.
Tenho dadaística Monalisa
ali a fama dela é tétrica.
Seu sorriso sacana
de Morgana ou Elektra.
Noções de fábulas
de contos-de-fadas.
:eu sou um ser fabuloso
:Ogro
Derreta a subliminar
escorra o mistério
em torno da estrutura
que vai desabar.
Contenha o compromisso
que tem com a prosa.
:pilares,até tenho
Escorrida a poética
se iguala
a uma
iguana.
Noutros algures
deste aqui jaz
revoadas de abutres.
Destinos poéticos
sua seiva é o que restou.
À glória levam os viajantes
com feições espantadas.
Memória satírica,assumida
com cara de comédia
de uma alma insubmissa.
:ela não é poetisa
Sua poesia não é em vão.
Não mostra o panejírico
da morte ao norte
de uma província
de líricos.
Até a rábula das sofismas.
Poesia para uns e outros
não para todos.
Poesia uns tons de pincéis
para toda fúria.
Pode circunstancialmente
se tornar um purista
não-ortodoxo
nem-puritano.
Apenas menestrel
simples ser humano.
|
Biografia: André Francisco Gil poeta ipaussuense radicado na capital paulista com muita coisa escrita mas ainda engavetada.Textos editados em publicações esporádicas do interior e de alguns fanzines da vida.Almejei uma oportunidade e eis que a chance surgiu.Graças a este espaço vou ver meu poema ganhar asas.Lindo voo. |
Número de vezes que este texto foi lido: 59422 |
Outros títulos do mesmo autor
Publicações de número 1 até 10 de um total de 81.
|