O pássaro da eternidade.
André Francisco Gil.
25/02/14.
Ele acordou.Ocasionalmente.Somente alguns dragões acordaram.Ali:ruínas de uma civilização.Residências desmoronadas.Destruídas.Nada do nada.Reduzidas a escom-
bros.Ali o pássaro da eternidade sobrevoava sobre as imediações.
Na entrada oculta formas e seres sem porém.Havia ali forte evidência,forte indício,de
aventuras atrevidas.Guerreiros foram pisoteados pelo temível gigante da montanha.O
pássaro da eternidade o tratava com receio.Sua oponência e imponência davam medo.
Não havia pontualidade neste reino sem tempo.Ele (pássaro da eternidade) fazia compressas com nuvens para tapar suas machucaduras.Terra de almas hostis.Algumas já devoradas pelo som.O pássaro da eternidade fora ferido nas terríveis tempestades desaforadas e desavisadas.
Já havia dormido na montanha dos segredos draconianos.Sempre em vigília.Ainda uma tempestuosa busca pelos campos áridos.Sua morada (ninho) fora mastigado pelos ho-
mens-de-pedra.O pássaro da eternidade ousava desafiar as tempestades.Não sei como suas asas suportavam.
Outro paredão se agigantava em sua direção.Era da caverna dourada.Sonhos de riqueza interrompidos em sua escalada.Afinal os sonhos não são como degraus de uma escada?Se não subir degrau por degrau (etapa por etapa) não se chegará ao topo.As coisas inteiramente sombrias rugem.Nas habituais tempestades,resquícios de penas das asas do pássaro.
Há entradas.Diversas.Arremessou-se no precipício.Sobrevoou a terra do contrário.A terra da criatura de duas cabeças.A terra das bravas bruxas negras.O pássaro da eternidade não se escondeu do temporal que se aproximava.
Nele estava a vontade de amanhecer no topo da montanha mágica.Pela manhã aprenderia uma manobra arriscada.Entretando ao acordar deparou-se com os grandes ninhos,todos carbonizados.Algumas aves sobreviventes,perdidas,agonizavam.O pássaro dos mil voos havia se protegido da tempestade de fogo dentro de uma caverna.
A verdade é tocante.A imagem é impressionante.Os elfos corriam prestar socorro a algumas aves feridas.Nessa região a natureza é estúpida.O pássaro sabe que ainda não terminara o período das tempestades.Ele admira o horizonte arroxeado.Sinal de outra se aproxima.
Tem dias em que ele é despertado com a voz do desespero.O grito do medo.Seria o embalo absoluto da mãe do medo.Devorando tudo.O céu está repleto de pássaros fugindo para o sul.
Horas de lembranças terríveis.Vejo o grande rei sendo tragado pela tempestade de fogo.Almas infelizes sendo devoradas por guildas.Tantos trovões,tantos relâmpagos,tantas cinzas vulcânicas.O pássaro da eternidade é sabedor,conhecedor, dessa cruel temporada de tempestades.
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