Estaria a canoa do PT furada? Pelas últimas pesquisas sobre a popularidade da presidente Dilma Rousseff parece que sim. Outro sinal de que a canoa não está em boas condições, é a dúvida que está tirando o sono dos caciques do PMDB.
Apoiar Dilma e permanecer no poder seria ótimo. No entanto, a visão política não segue a ótica do olhar humano. E com a espreguiçada das ruas, existe o temor que o povo decida por uma virada em 2014. Se concretamente os protestos não serviram para nada, eles colocaram minhocas na cabeça de alguns.
Principalmente no maior partido político brasileiro. O PMDB, por falta de coragem ou de capacidade, prefere viver na sombra de quem está no poder. Por enquanto, ele tem acertado na mosca. Foi assim com o PSDB de Fernando Henrique Cardoso. Foi assim com o PT de Lula. E agora com Dilma Rousseff.
A questão é acertar sempre. Estava tudo muito tranquilo para mais quatros anos garantidos, quando apareceu a variável dos protestos. Agora e equação tem de ser refeita. Já não se sabe com certeza se realmente em 2014, dois mais dois serão quatro. E todos nós sabemos como funciona a nossa cabeça quando estamos com dúvidas.
E o “Deus nos acuda” fica ainda maior. O problema não é apenas desembarcar de uma canoa supostamente furada. A pergunta é: Aonde embarcar? O cenário de arco-íris do horizonte, de repente, ficou borrado.
Olhando para os antigos aliados, as perspectivas não são alentadoras. Pior ainda, é olhar para as próprias lideranças, e também não enxergar ninguém com “esse é o cara”, escrito na testa. E povo nas ruas? O que ele quis dizer? Oh! Dúvida cruel.
Num primeiro momento, a saída encontrada foi fazer um plebiscito com os deputados do PMDB. Todos serão chamados às falas pelo vice-presidente Michel Temer. Depois responderão a um questionário. No fim, ainda acredito na solução de tapar o buraco da canoa. Pular dela agora seria quase um suicídio.
Se com as novas variáveis, a equação de 2014 está longe de ser decifrado, talvez, o PMDB tenha encontrado outra fórmula de pressionar a presidente Dilma Rousseff. O temor de ficar sozinho numa canoa furada deve atormentar e assustar também o Partido dos trabalhadores. Uma boa hora para colocar a presidente contra a parede.
E fazer mais exigências. Agora querem menos cabides de empregos. Uau! Ops! Digo ministérios. Ideli Salvatti diz que pode ser feito. Quem? Se a preocupação é com 2014, o olhar já está em 2018. O maior choro dos peemedebistas é o de que a presidente Dilma Rousseff não tem deixado ninguém aparecer. O fato é que em duas décadas, o PMDB não conseguiu fazer nada para aparecer. É mais cômodo viver na sombra.
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