DESABAFO DE UM PAI
Desde a adolescência percebia grande preocupação dos pais com relação a pureza e a puberdade de suas filhas, diziam que somente após o casamento deitariam com homens, mas, nunca houvi o mesmo assunto a cerca do sexo masculino. A sociedade machista por natureza, jamais colocou o homem neste pé de igualdade. Os pais ao contrário tinha orgulho de ver seu filho entrando na puberdade e fazia questão de dizer que ele já era homem e estava pronto para assumir relacionamento carnal com mulheres. Expondo o seu filho como se fosse um touro e a mulher objeto de prostituição.
Até os dias de hoje a mídia expõe nos comerciais de diversas marcas e produtos, mulheres nuas e semi-nuas na expectativa de vender. A televisão tornou se vitrine viva, expondo a mulher ao ridículo e desvalorizando-a, sem contar que a maioria faz questão disto, desde que o valor da contrapartida supera as virtudes e a moral.
O termo “virgindade” tornou-se motivo de piada. Em algumas situações lucro, para aquelas, cujo “valores”, quando se trata de virtudes, não passa de caretice na linguagem da maioria, trata do assunto banalizando a questão.
Apesar de conselhos dos pais, que aprenderam com os seus, a dar valor a princípios que vão além da valorização do sexo, respeitar opiniões e decisões é fundamental na criação dos filhos, mas desejam ser respeitados, porque o que é dito, servirá na criação das futuras gerações. Os filhos não podem virar as costas para os conselhos dos pais, pois, sabemos que eles querem o melhor e não o pior como alguns imaginam.
Infelizmente o mundo fora do lar, revela um lado descontrolado e fútil, diferente do mundo dentro das nossas casas. São dois mundos diferentes. Você houve dentro de casa da boca dos pais que devemos respeitar, amar e honrar uns aos outros e fora você houve que tudo é permitido e que nada é proibido. Os maus conselhos são tantos que ultrapassa os bons resultados obtidos dentro de casa.
A adolescente houve da sua amiguinha que virgindade é coisa do passado e num clima de desafio, passa a ser chamada de BV (boca virgem) e outros piores que imaginamos. O assunto passa a ser banalizado pelos colegas de classe, e são lançados vários desafios, até que cansada de ser vítima do chamado “Bullying”, adere aos conselhos dos colegas e daí já sabemos o final. Por mais que aconselhamos e ficamos de antena ligada, é no momento de distração que a fatalidade acontece.
Gostaria de ter sido um pai perfeito para o meu casal de filhos, ela hoje com 19 e ele com 15, sempre aconselhei, tive excesso de zelo, ensinei o caminho correto, porque aprendi os valores com os meus pais e a igreja, como um catequista de princípio. Nos fins de semana íamos sempre à igreja, eu, minha esposa e minha filha éramos catequista juntos e meu filho coroinha. Com tempo foram se afastando. Minha filha conheceu um rapaz, que educadamente me procurou e me pediu para namorar. Nos tempos de hoje achei bacana por parte dele. Conheci seus pais, que passaram a ser amigos. Durante uma visita à casa de seus pais, comentei o jeito de ser da nossa família, com relação ao sistema e adverti com relação aos dias de namoro, que não era tolerante quanto ao namoro nos dias de semana. Dias passaram e foi se transformando. Não gostava do jeito que vinha procedendo. Não permanecia no emprego e passara a frequenta a minha casa durante o dia.
Eu e minha esposa sempre trabalhamos fora, na mesma empresa e minha filha apaixonada não foi capaz de contribuir com a nossa conversa, sempre era aconselhada pela sua mãe. Ele tinha 17 anos e minha filha 16, ambos eram capazes de raciocinar e analisar os fatos. Mas aconteceu o que a gente temia. Todos os conselhos dados foram por água e isto me aborreceu que não tinha mais ação de diálogo. Simplesmente demonstrei minha decepção, meu silencio e minha indignação. Frustrado se afastou da minha filha. Não quero imaginar o fato de confidenciar aos seus amigos este episódio, pois, alguns homens tem consigo este feito como se fosse um troféu.
Minha filha está fazendo faculdade, tem um namorado mais responsável, meu filho adolescente tem ouvido os nossos conselhos. Minha esposa trabalha e faz faculdade. Eu, trabalho, faço faculdade e continuo indo na igreja e pedindo a Deus que traga paz, amor e harmonia para minha família, que tanto amo.
J. CHAVES
|