À espera
À espera de um verso
Certo pra iniciar um poema
Na madrugada, só, imerso
Defumando um dilema
Forço e sonho alto e atrevido,
Mas o verbo não me corta
Do espírito clamo por um grito reprimido
E o silêncio é que abre a porta
Último gole – viagem perdida –
Mergulho na cama mal-dormida
Antes que amanheça
O verso não me veio
E ainda não se foi em cheio
Minha dor de cabeça.
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