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ARRAIGADO
NO SANGUE
emeaga

Resumo:
O QUE NOS MOVE

ARRAIGADO
Caminhando com extrema dificuldade arfando sob o calor impiedoso carregando a trouxa com os andrajos imagem da desolação miséria material e mental gismunda ia pela caatinga movida não pela persistência, mas porque tudo que viu na vida foram pessoas partindo o que para ela significava a solução pois no seu berço ninguém chegava todos se iam.entao com a certeza que trazia arraigada dentro de si partiu na direção que todos seguiam
Uma figura estranha de ver.pois o que a vida fez com ela se pode ler em seu corpo pernas arqueadas e curtas barriga saliente o tórax desproporcionalmente grande com peitos enormes e caídos que pareciam chegar a cintura causa provável do andar curvado quase corcunda realçado pelo diminuto pescoço coroado por uma cabeça enorme envolta em um lenço amarrado no queixo e coberta por um ridículo chapéu
Gismunda estacou a distancia de estreita e frágil ponte de madeira bastante envelhecida sobre a cratera que ia de um lado a outro da trilha                                                                                    
Sentado em uma pedra perto da ponte Nequinho neto do coronel Aparício trazendo no sangue a herança de quatro gerações de prepotência, egocentrismo e crueldade já aflorando observava gismunda entendendo o medo e a confusão mental em que ela se encontrava e enquanto afiava a ponta de um pedaço de pau com a faca acenou para se aproximar
Gismunda qual bicho do mato chegou devagar olhando para o chão e com visível esforço perguntou se a ponte agüentaria ela passar Nequinho movido pelas características já descritas e dando vazão a uma incipiente sociopatia lhe explicou com voz grave que não teria problema desde que ele fosse depois com a trouxa e ela para atravessar deveria tirar a blusa e jogar um peito para cima e antes que o mesmo caísse jogar o outro peito pois assim ficaria mais leve


Biografia:
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Crônicas ARRAIGADO emeaga


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