Esther fica apavorada, ela se agacha.
- Senhora, senhora acorda! Por favor, acorda! - Logo ela chama a atenção de Levi que estava ao redor, ao ver Esther apavorada agachada tentando animar Ana Carolina corre até ela.
- Esther, Esther, tudo bem com você!? - Pergunta Levi assustado.
- Sim, o problema é que essa mulher tava aqui conversando comigo e do nada paft! Caiu aqui desmaiado. - Levi começa a tentar animar Ana Carolina desesperada. Ele toca nas mãos de Esther, eles se olham, por um sequer instante acontece um clima entre eles, clima que infelizmente é logo em seguida interrompida por Felipe que chega olhando tudo o que está acontecendo.
- O que há!? Gente, a manifestação! - Diz Felipe vendo tudo, ele corre até Esther. Todos continuam tentando reanimar Ana Carolina que acorda.
- Luzia!? - Diz Ana Carolina acordando e logo falando o nome de sua enfermeira, que sempre estava ao lado quando ela desmaiava.
- Que Luzia!?
- Não, não esquece filha... - Diz Ana Carolina. - Vamos continuar a manifestação?
- Você tem condições? - Pergunta Levi.
- Sim, sim, é claro! Já estou bem melhor queridos. - Caindo em si - Agora vamos continuar a manifestação que é isso que é importante! - Todos se levantam e continuam manifestando animados, o coração de Ana Carolina batia forte como nunca. Enquanto isso no Rio de Janeiro, Guilherme continuava sonolento sob o efeito da cocaína e da surra de Osvaldo. Osvaldo e Branca conversavam no sofá.
- Ai Osvaldo eu tenho medo pelo Guilherme ele tá entrando nas drogas agora! Eu temo que isso desgraçe sua vida! - Diz Branca preocupada.
- Se ele tivesse uma família estruturada... - Diz Osvaldo, deixando a verdade escapar.
- O quê!? - Diz Branca indignada - Está dizendo que nossa família é desestruturada!? - Pergunta Branca sem querer ouvir a resposta.
- É uma família de aparencias! Tudo tem que ser perfeito pra grande família de sociedade, é lastimável isso. - Diz Osvaldo.
- Chega! Eu exigo respeito Osvaldo, eu me ralo por essa família, me dou, me sacrifico, cuido de todos pra ouvir isso? Que nossa família é lastimável!? - Diz Branca revoltada. - Nesse instante Brenda entra na casa sem fazer barulho e pega a conversa de seus pais.
- Pra Brenda, ah coitada da nossa filha, você nem se lembra que ela existe! Se eu te perguntar qual o cursinho que ela faz, que horas ela chega em casa eu duvido que você saiba responder. O Guilherme, ah, o seu filhinho querido e amado, sempre foi mimado, teve de tudo! Esse você gosta mesmo, você gosta tanto do Guilherme que não vê que você faz mau pra ele! Você atrapalha ele, e se ele se tornou um drogado parte da culpa também é sua! - Tais palavras de Osvaldo soam como uma facada pelas costas em Branca que fica sem palavras, Brenda continua ouvindo tudo comovida.
- Isso não é verdade! Eu amo a Esther também!
- Tá vendo Branca, agora você admite que nem liga pra Brenda, que finge que ela não existe! - Brenda começa a lacrimejar escondida, ouvindo tudo. - Ah e a Esther, quem a dera ser amada por você, você ama sua filha de um jeito extremamente torto, você é obcecada por ela, você não consegue viver um segundo sem ela, o apego que você tem a Esther é mais do que mãe e filha, isso ultrapassa os limites da compreensão, isso é doença, é obsseção. Mas por quê? Nem sua filha de verdade ela é? Ela é filha da Ana Carolina.
- Não fala esse nome dentro da nossa casa! Você não tem esse direito! - Brenda ouvindo tudo, estranha.
- O que foi? A verdade dói, mas em nenhum santo dia você pensou na Ana! Que ficou anos internada num leprosário, tratada feito bicho, pior do que um bandido qualquer e despresível e que hoje ninguém sabe se continua presa, se tá mendigando, na casa de um parente, nós não sabemos nem se a Ana está viva! A Ana é a mãe da Esther você é madrastra dela, eu nunca contei isso a ela por um capricho seu, mas pode continuar, eu não vou estragar sua brincadeira! - Osvaldo sai, Brenda se esconde arassada com tudo que ouvira. Algum tempo se passa, algumas coisas continuaram na mesma. Outras mudaram, Brenda, após tudo que ouviu e não conseguiu esquecer se tornou mais arredia com os pais e de vez enquando com Esther, mas nada que os fizessem desconfiar de que Brenda sabia demais, por vezes era pega chorando pelos contos, nada de muito grave. Já Ana Carolina passou a ser amiga de Esther, morando próximo a ela e todo dia conversava com a filha. Tudo correndo bem, ninguém até o momento sequer desconfiava de que Ana era a mãe de Esther. Já com Guilherme ele continuava usando drogas cada vez mais e mais pesadas, continuava tendo relações sexuais com tudo quanto é pessoa que aparecia em sua frente e sem se cuidar assim como o resto da banda de rock sua. Um dia normal se iniciava na vida da família, todos estavam tranquilos, só Guilherme que estava com uma forte gripe.
- Oi gente bom dia - Diz Osvaldo. Todos tomando café respondem.
- Então maninha, tem algo importante hoje pra gente ir no shopping mais tarde? - Diz Esther para Brenda.
- Desde quando você se importa com isso? - Diz Brenda. Naquele instante vem a Brenda um lapso de memória e ela se lembra que Esther não é culpada por Branca ser consigo uma mãe desnaturada. - Desculpa acordei de mau humor, seria um prazer. - Diz Brenda, Esther sorri para ela. Guilherme está se aproximando da mesa, quando cai desmaiado no chão, todos ficam chocados.
- Guilherme, Guilherme! Acorda! - Diz Branca. Guilherme é levado ao hospital, logo se recupera do desmaio, o médico estranhando tudo faz uma bateria de exames no garoto. Ele chama Guilherme e Branca para uma sala.
- Então doutor, o que eu tenho? - Pergunta Guilherme.
- Infelizmente Guilherme, fizemos os exames e você é hidético. Você tem AIDS. - Todos ficam chocados com a revelação do médico.
CONTINUA...
|