- O quê? Que palhaçada é essa? - Pergunta Ana Carolina totalmente chocada. Esther e Brenda que ouvem atrás da porta também ficam chocadas.
- Nossa mãe era muito pobre! Aquela vaca me abandonou num orfanato qualquer, quando minha mãe adotiva morreu ela me contou e eu investiguei tudo sobre ela, até que a achei, mas ela também já tinha morrido e só restava você Ana! Foi aí que eu decidi que eu tinha o direito de recuperar tudo o que é meu por direito! - Diz Branca segurando a arma.
- Você... Minha irmã!? A mulher que tomou tudo o que era meu!? Que assumiu minha vida. - Diz Ana Carolina. - Por isso você se aproximou de mim, bancou minha amiga. Pra me destruir depois! Vadia vingativa! - Diz Ana Carolina.
- Mas não há espaço pra nós duas no mundo, então uma vai ter que ir. - Em tom doentio - E não será eu, isso eu garanto!
- Atira! Não é isso que você quer? Então atira sua pistoleira de merda! Interesseira, golpista! - Esther e Brenda arrombam a porta e invadem a casa.
- Não! - Berra Esther assustando Branca.
- Sai daqui Esther! Some daqui! - Diz Branca.
- Pra você fazer algo com a minha mãe você vai ter que me matar primeiro Branca! - Diz Esther.
- Não, eu sou sua mãe, eu sou sua verdadeira mãe. - Diz Branca.
- Você é doente! - Logo começam-se a ouvir sirenes de polícia parando em frente ao prédio.
- É a polícia, se entrega Branca.
- Infeliz dos infernos! - Berra Branca em direção a Ana Carolina engatilhando a arma.
- Eu vou te matar nem que seja a última coisa que eu faça! - Brenda pula em cima de Branca e levanta a arma que dispara, Esther e Ana Carolina.
- Solta sua fedelha! - Diz Branca.
- Não mamãe, você vai ter que matar. Eu cansei de você, das suas armações, do seu cinismo, você nunca foi minha mãe, nunca se importou comigo. - Brenda toma a arma de Branca e se afasta dela apontando sua arma.
- Você é uma bunda mole Brenda, mais anta que a sua irmã, deve ter puxado o seu pai! Você não vai atirar em mim, muito menos me entregar pra polícia.
- Se você sair daqui eu atiro mamãe! - Diz Brenda decidida.
- É mesmo? Pois eu pago pra ver. - Diz Branca que pega a bolsa e sai, Brenda atira propositalmente acerta na parede. Ela solta a arma e a deixa no chão, ela cai no sofá e começa a chorar. Esther e Ana Carolina vão junto a ela e a abraçam. Enquanto isso Branca desce correndo a escada de serviço, ela sai do prédio sem ser percebida usando um lenço para cobrir o rosto. Ela entra em seu carro e parte acelerada sem que a polícia que já entrará no apartamento. Branca chega em sua casa e entra e se choca ao deparar-se com Guilherme desmaiado.
- Guilherme, meu filho! - Ela pega um pano e mexe nele com o pano. Ela lacrimeja. - Ai meu Deus do céu, eu to pagando por todos os meus pecados mesmo! Mas eu não posso ficar aqui, desculpa Guilherme, mamãe tem que fugir, boa sorte meu filho! - Branca rapidamente pega o telefone e liga para Osvaldo que está num hotel.
- Assassina, desgraçada! Eu sei que você foi até a casa a Ana Carolina, a polícia vai te pegar! - Diz Osvaldo furioso, um tanto bêbado.
- Dane-se Osvaldo! Dane-se você, a Branca, nossas filhinhas ingratas, eu só te liguei pra dizer que você tem que vir em casa o mais rápido possível, o Guilherme tá desmaiado! Ele apareceu aqui e tá aqui caído no chão da sala, ele pode morrer a qualquer momento. Pelo amor de Deus, só não deixa o nosso filho morrer Osvaldo. - Ela começa a chorar. - Não deixa Osvaldo! Pelo amor de Deus! - Branca desliga o telefone, sem o pano ela faz um carinho no rosto de Guilherme desacordado, se levanta pega a bolsa e sai da casa chorando. Ela entra no carro e parte em direção a uma casa sua na Região dos Lagos. Logo Osvaldo chega em casa, já um tanto lúcido, duvidando que Branca havia falado a verdade, quando se depara com Guilherme desacordado.
- Ai meu filho! - Ele pega e rapidamente liga para a ambulância. Alguns dias se passam, Branca continua escondida na casa, os comícios pelas “diretas já” continuam cada vez mais fortes, embora Esther já esteja um tanto afastada por causa dos problemas familiares, Levi a apóia bastante, ela não consegue passar perto de Felipe por causa da traição, Levi continua secretamente cada vez mais apaixonado pela ex namorada do irmão, Ana Carolina e Osvaldo voltaram a se falar, todos estão unidos por causa de Guilherme que está internado em estado muito grave por causa de uma infecção generalizada em decorrência da AIDS. Ainda um tanto lúcido. A banda a qual Guilherme pertencia já não está tão bem sucedida pela falta do vocalista. Esther, Brenda, Levi, Ana Carolina e Osvaldo estão tensos no hospital a espera de notícias de Guilherme.
- Ana, meu filho não pode morrer, Deus por favor me ajuda! - Diz Osvaldo chorando com Ana Carolina ao seu lado.
- Calma Osvaldo, confia em Deus. - Diz Ana Carolina.
- É imprecionante! Mesmo depois de tudo o que a Branca fez pra você e que eu fui cúmplice você ainda me ajuda.
- Eu não guardo rancor de você Osvaldo, você apenas se deixou levar pelas circunstâncias. E agora não é hora pra isso, seu filho, meu sobrinho está na U.T.I morrendo... - Nesse instante chega Brenda com olheiras os cortando.
- Gente, eu preciso do consentimento de vocês pra fazer uma coisa, não se trata de pena e sim de humanidade. - Diz Brenda.
- Fale! - Diz Osvaldo.
- Eu sei que a a minha mã... A Branca ela errou muito, mas o filho dela tá numa U.T.I morrendo, não acham que ela mesmo depois de tudo ainda tem o direito de se despedir do filho? - Pergunta Brenda. - Eu sei que ela errou, mas é uma questão de humanidade.
- Por mim tudo bem, uma trégua. - Diz Ana Carolina.
- Ela negou o Guilherme quando descobriu que tinha AIDS, ela é uma mãe desnaturada e despresível Brenda, você não se lembra dos anos e mais anos que ela te renegou praticamente?
- Eu lembro, mas é uma questão de humanidade e ela ainda é minha mãe. - Osvaldo respira fundo.
- Está bem filha, ok, mas depois disso eu nunca mais vou querer olhar pra cara dela... Mas você sabe onde ela está? - Pergunta Brenda.
- Tenho alguma noção... - Diz Brenda saindo, ela pega a bolsa e entra no carro em direção a Região dos Lagos. Enquanto isso Esther estava na casa de Levi desabafando com ele que a estava consolando, logo Felipe entra e se depara com os dois abraçados.
- Meu próprio irmão furando meu olho! - Diz Felipe revoltado.
- Felipe... Não é nada disso do que você tá pensando.
- E se for? Você me traiu, já nem estamos juntos. - Diz Esther.
- Tá bom, tem razão. Tchau pra vocês. - Diz Felipe saindo um tanto triste. Esther e Levi se abraçam.
- Obrigado Levi, você tá me ajudando a tanto a passar por esse momento... - Enquanto isso Brenda chega a casa na região dos Lagos e bate na porta, Branca se assusta.
- Sou eu, Brenda, abre a porta, é importante. - Branca abre a porta.
- Como sabe onde eu to e por que tá aqui? Não vai lá ficar com sua titia também?
- Você é muito prevísivel Branca e eu vim aqui por causa do Guilherme, só pra te avisar que o seu filho tá entre a vida e a morte e pode morrer a qualquer momento e que você quiser ir vê-lo pode ir. - Diz Brenda logo em seguida saindo da casa, entrando em seu carro e indo embora. Branca fica pensativa, até que sai de sua casa para ver Guilherme no hospital. Alguns minutos depois Esther chega ao hospital ela está com Brenda, Ana Carolina e Osvaldo, Branca está afastada de todos. Todos estão tensos, pensativos. Até que o médico de Guilherme entra com uma máscara, ele tira a máscara e vai falar com a família.
- Então doutor, como tá o meu filho? - Pergunta Osvaldo correndo até ele. O doutor abaixa a cabeça e respira fundo.
- Fala doutor, pelo amor de Deus! - Suplica Ana Carolina.
- A infecção tomou conta de todo corpo, ele tá muito debilitado é uma questão de horas, até mesmo minutos pra ele... Eu sinto muito, mas seu filho tá desenganado. - Osvaldo começa a chorar, Ana Carolina o consola. Branca fica em choque.
- Eu sugiro que vocês se despeçam dele. O quarto é ali. - Todos vão para o quarto em prantos. Eles chegam no quarto.
- Todos vocês estão aqui comigo... - Tosse - Então já devem saber né... Eu vou morrer não é mesmo?
- Não fala isso Guilherme. - Diz Esther chorando. Esther segura a mão de Guilherme.
- É tarde demais pra mim, eu sei que eu vou morrer. O médico já disse, mãe... - Diz Branca. Branca se aproxima com receio.
- Guilherme, eu... Eu... - Desviando o olhar em choque - eu sinto muito.
- Eu não quero morrer aqui sozinho, de AIDS. - Tosse - Brenda, você foi muito importante pra mim, me ajudou, sempre foi muito boa comigo, assim como você Esther. Pai você tentou me avisar pra eu não me meter nessa, pra eu não entrar nas drogas, pra eu me prevenir. Desculpa, desculpa pai eu devia ter te ouvido, talvez eu não tivesse aqui.
- Eu sei Guilherme que eu não fui o melhor dos... - Diz Osvaldo com um nó na garganta.
- Não fala isso, o senhor foi o pai que o senhor pôde ser.
- Mas eu te amo filho, muito - Diz Osvaldo que abraça Guilherme.
- Guilherme eu te amo muito meu filho, se pudesse voltar no tempo... - Diz Branca chorando. - Desculpa por te abandonar, uma mãe de verdade nunca abandona um filho.
- Não foi a senhora, até os que eu consideravam meus melhores amigos me jogaram na sargeta por causa da imagem deles, do dinheiro e de preconceito... Mas eu desejo que eles paguem muito caro por isso. - Guilherme começa a tussir, os batimentos se alteram. Ele olha para todos.
- Eu... - Tosse - Eu a... - Tosse de novo - Eu amo muito vocês, minha família. - Os batimentos começam a cair, Guilherme vira a cabeça para o lado e fecha os olhos falecendo. Os batimentos param.
- Guilherme! - Diz Osvaldo chorando desconsolado pela morte do filho. Todos começam a chorar. Branca sai do quarto chorando atordoada, ela entra no carro e fica lá chorando desesperada. Todos ficam no hospital tensos e arassados pela morte de Guilherme por algumas horas resolvendo a liberação do corpo. Todos estão na sala de espera.
- Ai gente, eu não aguento, desculpem, eu preciso descansar. - Diz Ana Carolina.
- Ok, obrigado por tudo viu. - Diz Osvaldo a abraçando.
- Mas tarde eu passo em casa mãe. - Branca faz que sim. Ela vai, esquecendo a bolsa. Branca continua no carro pensativa. Até que vê Ana Carolina passando por ela.
- Agora sim, eu vou acertar as contas com essa vadia! - Branca sai do carro e vai até Ana Carolina a abordando, ela segura em seu braço forte.
- Você!? Ainda aqui? - Pergunta Ana Carolina amedrontada.
- Hora de acertamos nossas contas Ana! E dessa vez vai ser de uma vez por todas! - Diz Branca que tira uma arma da cintura e aponta para Ana Carolina.
- Vai pro carro! - Ao mesmo tempo Esther percebe que Ana Carolina esqueceu a bolsa.
- Minha mãe esqueceu a bolsa, vou lá devolver pra ela! - Diz Esther indo para a porta do hospital onde vê Ana Carolina entrando forçada no carro de Branca, ela se assusta e grita.
- Gente! A Branca sequestrou a minha mãe! - Osvaldo, Brenda e Esther correm para o carro de Osvaldo que começa a perseguir Branca. Brenda começa a ligar para a polícia.
- Me solta Branca! Deixa eu ir embora! - Grita Ana Carolina no carro em alta velocidade.
- Não! Você vai morrer Ana! Você não tinha nada que sair daquele leprosário! - Grita Branca dirigindo. A polícia começa perseguí-las.
- A polícia tá vindo, me larga!
- Nunca! - Berra Branca apontando sua arma para Ana Carolina. Ana Carolina começa a chorar.
- Será que você nunca vai parar? Me deixa em paz Branca! Deixa eu viver minha vida. - Diz Branca.
- É tarde demais, você roubou tudo que é meu agora eu vou roubar sua vida!
- Eu roubei!? Não sei você que roubou e eu to recuperando? Você é maluca! - Diz Ana Carolina.
- Isso não vai mais importar depois que eu te matar! - Branca continua dirigindo em alta velocidade, Ana Carolina desesperada tenta abrir a porta do carro que está trancada.
- Se renda dona Branca! - Grita um policial num mega-fone no carro.
- A Branca não pode fazer pra minha mãe! - Diz Esther desesperada.
- Ela vai pagar por tudo na cadeia! - Diz Brenda. Branca faz uma curva acelerada e quase bate o carro. Osvaldo sorri.
- É agora que a gente pega ela!
- Tá falando do que pai? - Pergunta Brenda.
- Ela entrou numa rua sem saída. Até tem uma saída, um penhasco. - Diz Osvaldo.
- A Branca pode jogar o carro de lá! - Se desespera ainda mais Esther. Branca para o carro no penhasco. Ana Carolina respira aliviada.
- Acabou Branca! Você vai ter que parar! - Diz Ana Carolina sorridente. - Se você me matar aqui a polícia te pega.
- Ai Ana! Inteligência nunca foi seu forte maninha, isso você não puxou da vaca que me deu pra adoção alegando pobreza.
- Não... Não, você não vai me... - Diz Ana Carolina.
- Jogar do penhasco? Eu não disse que eu ia acabar com você nem que eu tivesse que acabar comigo também?
- Para pelo amor de Deus! - Diz Ana Carolina desesperada começando a chorar. Ana Carolina puxa a arma de Branca e engatilha apontando para ela.
- Eu te mato antes! - Diz Ana Carolina tremendo. Branca ri, elas começam a disputar a arma que dispara por vários cantos do carro até que acerta o tanque de gasolina começando um incêndio. Branca toma a arma de Ana Carolina.
- Fogo! - Berra Ana. Nesse instante o carro de Osvaldo entra na rua, a tensão é muita, o da polícia começa a fazer a curva.
- É agora! - Diz Branca colocando a mão no câmbio.
- Não! - Berra Ana Carolina. Branca acelera o carro em chamas que começam a atingir Ana Carolina e Branca em direção ao penhasco, o carro fica a beira do penhasco prestes a cair o que provocaria a explosão dele.
- Mãe! - Berra Esther histérica.
- Socorro, fogo! - Berra Ana Carolina desesperada com o carro em chamas. Branca coloca a mão no câmbio que caso ela mechesse um centímetro faria o carro capotar. O carro está prestes a explodir e a capotar, Ana Carolina encara Branca aflita a tensão é total.
- Adeus maninha!
CONTINUA NO ÚLTIMO CAPÍTULO...
ACESSE http://blogdorodrigoferreirathom.wordpress.com/2012/12/05/ultimo-capitulo-de-destinos-cruzados/ E VOTE NAS ENQUETES SOBRE DESTINOS CRUZADOS E SOBRE AS PERSONAGENS PRINCIPAIS, E NÃO PERCA, AMANHÃ ÀS 18H A ESTRÉIA DE "A ILHA DO TESOURO" NO http://www.belashistoriaswebnovelas.webnode.com/
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