Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
DESTINOS CRUZADOS
PARTE FINAL
RODRIGO FERREIRA THOMÉ

Resumo:
Anteriormente em DESTINOS CRUZADOS... Ana Carolina fica em choque com a revelação, a polícia chega Branca foge e vai para uma casa na região dos lagos, Guilherme é levado para o hospital em estado grave por causa da AIDS, Brenda diz que faz ideia de onde a mãe esteja e vai atrás dela para avisá-la sobre Guilherme, Felipe fica magoado ao ver Esther e Levi juntos, Branca vai para o hospital, o médico diz que Guilherme tem horas de vida e pede para todos os familiares conversarem com ele, Guilherme conversa com todos os familiares e se despede emocionado, Guilherme falece, Branca ao ver a cena sai do hospital e vai para seu carro arassada, todos ficam arassados também pela morte do parente, algumas horas depois Ana Carolina sai do hospital e dá de cara com Branca que a sequestra, Esther, Brenda e Osvaldo correm atrás de Branca que ameaça Ana com a arma, a polícia interfere e começa uma perseguição, o carro para na beira de um penhasco, Ana puxa a arma de Branca que dispara e acerta o carro que começa a pegar fogo com Branca prestes a jogar o carro do penhasco

Branca acelera e o carro despenca penhasco abaixo com ela e Ana Carolina que berra desesperada, Esther desce do carro correndo.
- Mãe! - Berra Esther totalmente desesperada enquanto o carro capota penhasco abaixo. Todos ficam em choque, pensativos, os policiais começam a descer cuidadosamente o penhasco que está com o carro em chamas. Branca e Ana Carolina ainda estão acordadas em meio as chamas.     
- Você ganhou maninha, tá feliz? - Pergunta Ana Carolina dolorida. - Tá feliz sua pistoleira de quinta?
- Tá reclamando do que hein Ana? Você vai passar o resto da eternidade comigo agora, com sua irmãzinha que você mau conheceu direito. - Diz Branca sarcástica. Logo os policiais descem, o carro continua pegando fogo.
- Acabou Branca! - Anuncia Ana Carolina, o policial começa a tentar arrombar a porta do carro.
- Abre essa bosta, vai explodir, abre! - Berra Ana Carolina desesperada com o carro em chamas. O policial arromba a porta e a abre, ele começa a puxar Ana Carolina, até que ela sai do carro, Branca consegue sair sozinha. Elas ficam paradas na frente do carro, Branca tira uma arma da cintura e aponta para Ana Carolina.
- Você pensa que escapou não é Ana? - Pergunta Branca aflita.
- Branca, pelo amor de Deus a gente tem que sair daqui, esse carro vai explodir!
- É mesmo, dona Branca, se acalme, ficará tudo bem, não complice ainda mais sua mão. - Diz o policial assustado.
- Dane-se eu vou matar vocês! - Esther, Osvaldo e Brenda começam a descer penhasco abaixo. Elas descem com bastante cuidado por umas pedras e encaram Branca e Ana.
- Se você vai matar minha mãe vai ter que matar a mim também. Mamãe. - Diz Esther se posicionando na frente de Ana Carolina.
- A mim também. - Diz Osvaldo se colocando também a frente de Branca, logo Brenda também se coloca a frente de Ana Carolina.
- E a mim.
- Tá bom, que seja, se vocês não serão meus, não serão delas! - Branca engatilha a arma disposta a matá-los, todos soam frios. Ela se prepara para atirar, quando o carro em chamas explode arremessando todos para longe. Todos caem, mas logo se levantam, Branca se levanta e atordoada pega a arma, sangrando um tanto por causa dos ferimentos. Todos ficam tensos, Brenda que está caída ao lado do policial rapidamente puxa a arma dele e dispara contra o peito de Branca.
- Ah! - Diz Branca tomando o tiro, Branca cai, sua arma cai no chão distante dela. - Miserável! Filha ingrata! Sangue do meu sangue atirando em mim.
- Você nunca ligou pra mim mamãe, nunca se interessou em lembrar que eu sou filha. - Brenda chora, Branca desmaia. Todos ficam em choque. Horas mais tarde Branca é levada ao hospital, mas passa bem, ela passou por uma ánalise psicológica. O psiquiatra chama Osvaldo e Ana Carolina a sala dele.
- Então seu psiquiatra, o que vai acontecer com a minha irmã? - Pergunta Ana Carolina realmente sentindo pena de Branca.
- Ela não está lúcida, ela já não se responsabiliza mais pelos seus atos...
- Ela está maluca!? - Pergunta Osvaldo.
- Sim, e teremos de interditá-la judicialmente num manicômio judiciário. - Ana fica arasada. Com um nó na garganta diz - Doutor... Faça o que for melhor. - Ana sai da sala, ela vai até Esther e a abraça.
- Acabou mãe, acabou agora. - Diz Esther. Elas se abraçam. Enquanto isso a banda de Guilherme composta por Olívia, Jonathan, Tomás e Guto continuava cada vez mais atolada no fracasso, a morte de Guilherme foi o golpe final para a banda pois o público da banda não havia gostado da expulsão do líder que foi abandonado quando estava doente. Eles já começaram a se atolar em drogas cada vez mais também, chegaram num ponto insustentável e acabaram por encerrar a banda e ficaram totalmente fálidos na sargeta por causa das drogas e sem quaiquer fontes de rendas, passando a ser vítima do mesmo preconceito ao qual impuseram Guilherme após ficarem usando qualquer instrumento até instrumentos achados no lixo para se drogar e ao se deitar com qualquer um que topasse mostrando a outra face da moeda da geração que revolucionou o rock nacional. Esther cada vez mais voltava a se empenhar em prol das “diretas já”, o movimento ganhava cada vez mais expressão cultural sendo cada vez mais apoiado por todos. Felipe e Esther passaram a ser apenas amigos, enquanto Felipe assumia uma relação com a tal enfermeira com o qual trairá Esther. Ana continuava em seu apartamento normal, a vida de todos seguia incompleta. Osvaldo vai até a casa de Ana Carolina.
- Oi, Osvaldo, o que foi? Veio visitar a Esther?
- Também, mas é com você que eu vim falar Ana.
- O que foi?
- Eu quero te devolver tudo que é seu de direito Ana. Aquela casa que foi construída com um dinheiro que também é seu e a sua empresa Ana. Eu quero que você volte a ser minha sócia na nossa empresa. Topa?
- Sim Osvaldo, eu aceito. - Logo menos Ana Carolina já estava deslumbrante em seu primeiro dia, ela entra lindamente pela porta passa por todos os funcionários que a olham com admiração, alguns já velhos conhecidos de quando ela abriu a empresa. Ela entra em sua sala e encontra Esther, Osvaldo e Brenda na sala sorridentes.
- Bom dia senhorita Ana. - Diz Osvaldo puxando a cadeira para Ana Carolina sentar. Ela senta e sorri emocioada.
- Nossa empresa Osvaldo! - Diz Ana Carolina orgulhosa e deslumbrada. Ela se emociona.
- Chorando por que mãe? A senhora devia tá feliz! - Diz Esther.
- Eu fiquei anos injustamente presa num lugar onde eu tratada feito bicho, me separaram da minha filha, do meu marido, da minha empresa, da minha vida, me tiraram tudo... E quando eu podia sair eu não sabia o que fazer da vida, eu não sabia se teria onde comer, onde dormir, não sabia se alguém aqui fora iria me reconhecer. Faz 20 anos que eu me esqueci o que significa felicidade e agora é uma sensação inesplicável ver que eu to recuperando minha felicidade... Que são vocês, mas infelizmente tem muita gente que teve o mesmo problema que eu vagando por aí atoa, outros continuam nos leprosários sem saber, outros que tiveram o imenso azar de terem a aparência prejudicada, azar que eu não tive sofrem em dobro com o preconceito. Mas eu posso, eu vou me acostumar com a felicidade novamente. - Todos se abraçam totalmente emocionados com a história de Ana Carolina, no manicômio estava Branca no pátio misturada juntos a várias outras mulheres que estavam também interditadas. Branca estava já totalmente surtada, fora de si. Ela estava na mesa segurando uma boneca cuidando dela como a mãe cuida de uma filha.
- Esther - sussura - pode ficar tranquila bebê, a bruxa malvada não vai te tirar da mamãe agora entendeu filhinha, entendeu? - Diz Branca para a boneca a balançando e cantando para Esther.
- Dorme neném que a bruxa má já vem pegar, papai tá trabalhando e Esther tem que nanar! Dorme neném que a bruxa má já vem pegar... - Branca continua incessantemente repetindo o refrão durante horas e dias à fio sem desgrudar da boneca de nome Esther.
Alguns dias depois... A vida de todos seguia maravilhosamente bem, naquele dia Ana Carolina está em sua casa com Esther, ambas marcaram de ir visitar com Brenda e Osvaldo, Branca no manicômio. A campainha toca, ela vai até Osvaldo e atende.
Oi Ana Carolina - Diz Osvaldo entrando e segurando um belo buquê de lindas rosas. Ana Carolina pega e sorri.
- Oi Osvaldo. Tudo bem?
- Melhor agora, Ana, antes de irmos quero te fazer uma proposta.
- Qual?
- Que tal se você voltasse a sua casa, aquela casa foi comprada com seu dinheiro também, ela é sua Ana. - Ana respira fundo.
- Tudo bem eu aceito - Diz Ana sorridente - Vamos visitar a Branca agora, vai. Todos se vão, logo já chegaram no manicômio. Ao chegar lá Ana Carolina vai conversar com o médico.
- Oi doutor.
- Olá dona Ana, seja bem vinda, veio visitar a dona Branca? - Pergunta o médico.
- Sim, como ela está?
- Na mesma.
- Então, podemos vê-la? - Pergunta Brenda.
- Sim, claro. - Diz o doutor, Ana vai até eles.
- Gente, vocês poderiam me deixar a sós com ela? - Pergunta Ana.
- Sim mãe, claro. - Diz Esther. Ana Carolina entra na sala de espera, com várias internas, Esther, Brenda e Osvaldo observam tudo pelo vidro. Ana Carolina senta-se ao lado de Branca amarrada pela camisa de força.
- Quem é você? O que quer de mim? - Pergunta Branca.
- Branca, sou eu, a Ana Carolina... Não importa, eu só precisava te ver, olhar pra você. Eu sei que você deve estar pensando que eu estou feliz por você está aqui, mas juro não estou, poxa Branca, você sempre foi minha amiga no passado, você é minha irmã, eu não consigo ficar feliz. - Ela segura nas mãos de Branca que se afasta.
- Nós não mandamos no nosso destino Branca, por mais que digam que nós traçemos o nosso próprio, o destino nosso está sim em nossas mãos, mas não só na nossa. A vida foi injusta comigo, a vida no passado foi injusta com você também. Não temos culpa, não escolhemos isso, nossos destinos já estavam cruzados há muito, sem nem sabermos, sem nem escolhermos. Desde de nossos nascimentos. A vida é assim, mas eu te perdoo Branca, do fundo do meu coração. Eu sei que bem lá no fundo você amava cada um dos familiares, cada coisa que você tinha. Se um dia, se você sair daqui Branca, eu estarei de braços abertos - emocionada - esperando minha irmã pra te ajudar Branca... Te ajudar a começar do zero e construir cada tijolinho da sua vida, como eu fiz no passado e refiz agora. - Ana Carolina se levanta e num momento de paz abraça Branca que não estaria a reconhecendo. Ela enxuga as lágrimas e sai olhando fixamente para a irmã que continua com a boneca Esther em seu colo.
- Vamos? - Diz Ana Carolina se recompondo.
- Sim. - Diz Esther comovida vendo tudo. Eles saem do manicômio, Branca continua estatizada, pensativa em Ana, ela, num rápido instante de lucidez derrama uma pequena lágrima.
Já era dia 16 de abril de 1984, um dia memorável para todos. Uma passeata imensa que arrastava multidões foi Praça da Sé em São Paulo até o Vale do Anhangabaú, aquela foi a maior manifestação pública do Brasil, que parou o país em prol das “diretas já” todos os povos, crenças e credos estavam reunidos pela democracia e cidadania do nosso país. Esther, Levi, Brenda, Osvaldo e Ana Carolina estavam na passeata.
- Diretas já! Diretas já! - Gritava seguidamente a multidão em coro, caminhando a passos lentos. Da manifestação saiu a esperança de um povo crente num país justo no qual todos os cidadãos podem ter a esperança de fazer o melhor para si e seu povo. Não seria naquela ocasião que as diretas ia ser aprovada, um tanto mais para frente, 1985. Naquela ocasião Esther e Levi estavam juntos, até que finalmente sai um clima entre ambos que se beijam. Eles passam a namorar, planejar o futuro, formando um belo casal.
1985
A vida segue maravilhosa para todos, a família de Ana Carolina aproveitava um final de semana especial na praia, as diretas já haviam sido aprovadas e o Brasil começa a ser redemocratizado. Ana e Osvaldo apenas até aquele momento dividiam a casa e uma bela amizade. Ambos estavam a sós caminhando numa linda praia deserta.
- Ana... Tem uma coisa que eu quero te falar... Desde sua volta... Eu nunca deixei de te amar, eu ainda te amo Ana. - Ana sorri.
- Eu também Osvaldo, você sempre foi e sempre será o grande amor da minha vida, não importa quanto tempo passe, não importa o que o destino nos reserva. Estaremos preparados para encararmos... Juntos. - Ana Carolina e Osvaldo dão um belo beijo comprovando que o tempo, as armações, as adversidades do destino não foram capazes de cortar o elo mais profundo que existe entre eles, o amor.

"Porque sei depois da chuva sempre vem o sol, tudo vai melhorar, só o tempo pode por as coisas no lugar, pra RECOMEÇAR"

    FIM

Entre em http://blogdorodrigoferreirathom.wordpress.com/ e de sua opinião sobre a trama e não perca "A ILHA DO TESOURO" no http://www.belashistoriaswebnovelas.webnode.com/


Biografia:
Olá gente, me chamo Rodrigo, sou espôntaneo, alegre, faço teatro, escrevo histórias, sonhador e SEMPRE de bem com a vida! Já escrevi O FUTURO, A ILHA DO TESOURO, EM NOME DO AMOR, DESTINOS CRUZADOS e LINHAS DO AMOR nesse site. Postador e escritor do site http://alvonatv.wordpress.com onde escreverei "RELAÇÕES PERIGOSAS - Um tiro no escuro não escolhe sua vítima
Número de vezes que este texto foi lido: 52820


Outros títulos do mesmo autor

Cartas CONFIRA ESTREIA BOMBASTICA DE "RELAÇÕES PERIGOSAS" RODRIGO FERREIRA THOMÉ
Cartas SE VOCÊ TEM SEGREDOS FIQUE LONGE DE "RELAÇÕES PERIGOSAS" RODRIGO FERREIRA THOMÉ
Cartas DESVENDE O MISTÉRIO E SE AFASTE DE "RELAÇÕES PERIGOSAS" RODRIGO FERREIRA THOMÉ
Cartas UM TIRO NO ESCURO NÃO ESCOLHE SUA VÍTIMA RODRIGO FERREIRA THOMÉ
Cartas NOVIDADES PEDRAS PRECIOSAS RODRIGO FERREIRA THOMÉ
Poesias PEDRAS PRECIOSAS [CAPÍTULO 1] RODRIGO FERREIRA THOMÉ
Cartas O JOGO ESTÁ MAIS PERIGOSO DO QUE NUNCA - PEDRAS PRECIOSAS RODRIGO FERREIRA THOMÉ
Cartas O PERIGO E A SOBREVIVÊNCIA NÃO CAMINHAM LADO A LADO RODRIGO FERREIRA THOMÉ
Cartas GRANDES NOVIDADES! RODRIGO FERREIRA THOMÉ
Romance LINHAS DO AMOR RODRIGO FERREIRA THOMÉ

Páginas: Próxima Última

Publicações de número 1 até 10 de um total de 80.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
JASMIM - evandro baptista de araujo 69000 Visitas
ANOITECIMENTOS - Edmir Carvalho 57911 Visitas
Contraportada de la novela Obscuro sueño de Jesús - udonge 56750 Visitas
Camden: O Avivamento Que Mudou O Movimento Evangélico - Eliel dos santos silva 55824 Visitas
URBE - Darwin Ferraretto 55080 Visitas
Entrevista com Larissa Gomes – autora de Cidadolls - Caliel Alves dos Santos 55028 Visitas
Caçando demónios por aí - Caliel Alves dos Santos 54897 Visitas
Sobrenatural: A Vida de William Branham - Owen Jorgensen 54878 Visitas
ENCONTRO DE ALMAS GENTIS - Eliana da Silva 54790 Visitas
Coisas - Rogério Freitas 54756 Visitas

Páginas: Próxima Última