Há um momento na vida de cada pessoa em que ela retoma a lucidez, coroa-se da glória para a qual foi criada, veste-se com o resplandecente significado do Natal.
Natal é milagre da própria vida. Jesus Nasceu, venceu a morte e ressurgiu no íntimo de cada criatura. Deus se revelou, tornou-se visível e o mundo tocou nos seus vestidos cintilantes da graça.
Nem mesmo a incredulidade judáica, a perversidade romana o politeísmo grego, a perseguição dos imperadores, conseguiram deter o ministério mais curto e mais completo da história da humanidade. A obra cumpriu-se.
Jesus Cristo não veio para confundir, todavia, “os seus não o aceitaram”. Não traduziram o mais perfeito código do amor e o crucificaram, mas foi ali na cruz que a prece do perdão abriu os braços e ressoou: “Pai, perdoa-lhes...”
Todas as vezes que o mundo se veste de “papai noel”, corre o risco das fantasias confundirem a verdadeira estrada do presépio até Belém. Ali, no silêncio da estrebaria, a simplicidade do amor. Cristo deitado na manjedoura e Maria, ternamente, agasalhando o Deus-menino nos braços de José. Tudo tão real, tão sincero, mas tão rico.
A humanidade ainda não concluiu que todas as coisas verdadeiras são simples, e, até hoje, se curva a reis travestidos de ouro, no castelo da mentira. A manjedoura emprestada não existe mais, o berço emprestado, também não, porém, Jesus Cristo ainda busca pousada nos corações.
Agora é tempo de preparação para o Natal de Cristo. A mesa está farta de pão. É necessário que se abasteçam de fé, de dedicação e amor para que a bênção divina esteja presente na celebração do Natal.
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