Desde que nós os Homo sapiens, vulgo “seres Humanos”, decidimos se apoderar do planeta Terra, estamos presos a duas correntes. Uma delas é a política. Sem perceber, do nascimento até a morte, a política segue todos os nossos passos. Do politicamente correto ao incorreto somos dominados por ela. Não há escapatória.
A outra corrente é a religiosa. Todas são unânimes quanto a um Deus único. E todas acham que apenas o seu Deus é o verdadeiro. Apenas os seus profetas têm razão. Na corrente religiosa ainda se insere um perigo maior. Ela mexe com a fé. Em muitos casos lavagens cerebrais.
Com a mentalidade de hoje, não fugiremos de um novo conflito mundial. E não esperem por países invadindo países. As culpadas serão as religiões. Faíscas se acendem a todo instante. No mundo mulçumano a inversão está se completando. A política foi dominada pela religião. Um estopim perigoso.
Que fatalmente vai se espalhar pelo mundo. Logo chegaremos num perigoso slogan: “Se eles podem, nós também podemos”. Hoje tem “clérigo salafista”, Uau! Com poder para decretar pena de morte dos atores do filme sobre Maomé. A globalização deixa claro que a civilização está descambando para a ignorância pura da fé.
Não devemos ser ingênuos a ponto de pensar que o mundo mulçumano está distante. Basta um olhar mais profundo, e descobriremos claramente um confronto religioso na cidade de São Paulo. Com a campanha pela prefeitura da maior cidade do país, católicos e evangélicos estão botando suas manguinhas de fora.
No centro desse confronto está o candidato Celso Russomanno. Líder nas pesquisas até agora, Russomanno é apoiado pelos evangélicos, e combatido pelos católicos. No final de semana que passou os cultos nos templos, e os sermões nas igrejas paulistanas, tiveram Russomanno como figura central. Para alguns um anjo. Um demônio para outros.
Ninguém está disposto a perder terreno. Nesse cabo de guerra, a fé costuma ficar em segundo plano. Pior é tentar incutir na cabeça dos fieis, que no destino de apenas uma pessoa, estará à salvação ou a perdição. E é exatamente isso que está acontecendo em São Paulo.
De Maomé a Russomanno ainda se combate pelos mesmos objetivos. Poder e supremacia. Ainda vivemos novas Cruzadas e Inquisições silenciosas. No cardápio servido aos fieis, a fé tem o gosto do paraíso impalpável. Nos palácios dos “guardiões da fé” o gosto palpável do poder tem muito mais sabor.
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