Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
A POESIA DE ÁLVARO MUTIS
Tânia Du Bois

“... foi através da Poesia que foram contados os grandes factos
históricos da humanidade.” (António Boieiro)

     A poesia de Álvaro Mutis acumula impressões plurais do mundo e entrega a evidência de que essas coisas só se podem ver porque estão em quem as vê... “Sudário cotidiano do poeta, / cada poema esparge sobre o mundo / a amarga semente da agonia.”
     A intensa realidade do mundo de Mutis é verbal, convertendo sua poesia em sintomas do tempo enquanto gesto, ao se abrigar na temporalidade. “Só o tempo / cumpre sua tarefa / com suave / mudo roçar / sem pausa ou destino...”
     Ao percorrer seus poemas, o reflexo se sucede na arbitrariedade que apenas os sonhos possuem, por isso, os movimentos estéticos das palavras que a magia pode alcançar com seu grito – a poesia transcreve a realidade no fluir na memória. Nossa percepção do tempo é absorvida quando em contato com as palavras do poeta.
Segundo William Ospina, “a linguagem e o mundo, são para o poeta iguais e o que o mundo lhe diz, desperta a sua memória.” É importante a criatividade de Mutis pelo questionamento que une a arte literária com a realidade.
Na sua poesia vejo a presença de traços literários inovadores; diria que contribui para modificar a comunicação entre os homens. Ele transforma a ideia e recria formas poéticas na possibilidade de uma arte no espaço mundial, sem perder a harmonia. Trata do significado a partir do momento que estabelece marcas significativas, por onde passa a sobrevivência da poesia, como incentivo para escrever e bem interpretar.
Álvaro Mutis em seus poemas reúne a essência com conteúdo e a boa performance registrada através dos seus olhos, ligada ao próprio destino. Exercita com habilidade a forma, como se inscreve: idealizador, soma aquisições intelectuais, poéticas e vivenciais, mostra a poesia como ponto de confluência de espaços e temporalidades; portanto, cultura.
“... Nem mesmo a poesia / consegue resgatar / do minucioso olvido / o que cala este espelho / nas trevas do seu desamparo.”
     


Biografia:
Pedagoga. Articulista e cronista. Textos publicados em sites e blogs.Participante e colaboradora do Projeto Passo Fundo. Autora dos livros: Amantes nas Entrelinhas, O Exercício das Vozes, Autópsia do Invisível, Comércio de Ilusões, O Eco dos Objetos - cabides da memória , Arte em Movimento, Vidas Desamarradas, Entrelaços,Eles em Diferentes Dias e A Linguagem da Diferença.
Número de vezes que este texto foi lido: 52855


Outros títulos do mesmo autor

Artigos CONVITE à REFLEXÃO Tânia Du Bois
Artigos PLURAL de LEITURAS Tânia Du Bois
Artigos A arte da Escolha Tânia Du Bois
Artigos O TOM da IMPRESSÃO Tânia Du Bois
Artigos ATRÁS DA NOITE Tânia Du Bois
Artigos OPINIÃO:PÚBLICA ou PUBLICADA Tânia Du Bois
Artigos MENTES BRILHANTES Tânia Du Bois
Artigos AVESSO A MÁS NOTÍCIAS Tânia Du Bois
Artigos CONVERSAR com o TEMPO Tânia Du Bois
Artigos ARTE: VOCAÇÃO E PAIXÃO Tânia Du Bois

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última

Publicações de número 11 até 20 de um total de 340.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
O TEMPO QUE MOVE A ALMA - Leonardo de Souza Dutra 54739 Visitas
1 centavo - Roni Fernandes 54659 Visitas
frase 935 - Anderson C. D. de Oliveira 54588 Visitas
Ano Novo com energias renovadas - Isnar Amaral 54444 Visitas
NÃO FIQUE - Gabriel Groke 54388 Visitas
Na caminhada do amor e da caridade - Rosângela Barbosa de Souza 54376 Visitas
saudades de chorar - Rônaldy Lemos 54335 Visitas
PARA ONDE FORAM OS ESPÍRITOS DOS DINOSSAUROS? - Henrique Pompilio de Araujo 54282 Visitas
Amores! - 54266 Visitas
Jazz (ou Música e Tomates) - Sérgio Vale 54218 Visitas

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última