Tudo é tão incerto,
Tão temível,
Tão desonesto.
Nada parece de verdade,
Tudo parece falso.
E meus olhos ardem.
Ardem, pois não suportam mais ver.
Não suportam mais enxergar essa desumanidade demasiada humana.
Não suporto mais o mundo!
E a sua felicidade insana.
Não quero saber de papel,
De tecidos, de garrafas, de concreto!
Não quero mais saber de sangue derramado em vão,
De discórdia!
Pois meus olhos ardem,
E já não suportam mais ver.
Meu coração dilacera-se,
Pois não suporta mais sentir.
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