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O HOMEM DO BILAU PEQUENO
Britinho

Era uma cidade bem pequena, onde todos se conheciam. Havia um homem chamado Alfreudson Didático Morfico Urubulino da Silva. Esse homem tinha um grande nome, mas um bilau muito pequeno!
                        Alfreudson tinha um grande trauma, porque onde passava o povo comentava: já vem o homem do bilau pequeno. Às vezes, dependendo de onde estava, ainda havia uns picaretas que o chamavam pelo apelido, que era Bilau Pequeno!
                      - Bilau Pequeno! Vamos jogar bola hoje? – falou um amigo.
                      - Hoje não dá, tenho que sair com minha namorada. – dizia ele.
                        Ele andava muito desanimado com a vida desde quando uma antiga namorada ficara com raiva porque ele pifou na cama. Espalhou pra cidade inteira que além dele ter pifado, tinha um bilau muito pequeno. A partir de então, o coitado não saiu com mais ninguém, mas mentia porque achava horrível aquela situação. E ao mesmo tempo tentava se firmar.
                      - Bilau Pequeno, tudo bem, como vai sua mãe?
                      - Minha mãe vai bem, mas vou te mostrar o meu bilau pequeno. Quer ver? - Falava ele muito revoltado.
                        Até que veio morar na cidade, uma mulher muito bonita que se chamava Abrilina Décima Nona Caçapavana Piratininga de Almeida. Eles, por um acaso, se conheceram nos campos aos redores da cidade onde andavam a cavalo. Tiveram uma atração mútua e passaram a namorar.
                        Aufreudson começou a pensar:
                        Como seria o dia seguinte na cidadezinha? Todos me chamando de Bilau Pequeno.
                        Não vai dar certo. Como vou esconder dela, que esse povo me chama de Bilau Pequeno?
                        Mesmo assim, se eu ficar com ela, um dia ela vai descobrir. Mesmo que ela não ligue para o bilau pequeno! Qual a mulher que vai querer ficar com um homem, onde a cidade inteira o chama de Bilau Pequeno?
                        E resolveu contar a verdade para sua namorada, mesmo correndo o risco de perdê-la. Então ela lhe falou:
                      - Não tem problema, meu amor! Também vou lhe falar a verdade, eu saí da minha cidade, porque o povo todo, também me chamava de Rego Arrombado!

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