SABIA DO QUINTAL |
Pedro Galuchi |
Cão dormindo no cantinho
Roupa seca no varal
No limoeiro um canarinho
Sabiá cantou pelo quintal
Não era o canto matinal
Tinha mais felicidade
Um instinto maternal
Espalhando novidade
Novo cantor para o coral
Filhote acaba de nascer
Por favor não façam mal
Não sabe se defender
Sabiá cantou pelo quintal
Queria a todos avisar
Num gesto fraternal
Passarada a festejar
Como reis magos ao sinal
Rolinha veio xeretar
Esticou pescoço o pardal
Bem-te-vi pôs-se a alardear
Nova vida se prepara
Simples fato natural
Cena urbana tão rara
Sabiá nascendo no quintal
Missão cumprida afinal
Da hora de multiplicar
Sabiás partiram do quintal
Família toda a viajar
Da janela me despeço!
Vai Sabiá!... Volte um dia
È só isso que lhe peço
Macho, fêmea, traga a cria
Vem tomar banho na bacia
Me acordar com a cantoria
E se precisar de um ninho
Terá sempre um galhinho
Sabiá!
Vem cantar no meu quintal
|
Biografia: Membro do Movimento Poetico Nacional, da Ordem dos Escritores do Brasil e do Clube de Escritores de Piracicaba. Mantém o blog Apóstolos de Pedro... http://apostolosdepedro.blogspot.com |
Número de vezes que este texto foi lido: 61631 |
Outros títulos do mesmo autor
Publicações de número 1 até 3 de um total de 3.
|