O início...
Quando vemos já passou um mês
Quando vemos já passou um ano
Quando vemos já passaram cinco anos
Quando vemos já passaram dez, onze anos.
Depois do fim...
Quando vejo já passou um mês
Quando vejo já passaram dois meses
Quando vejo já passaram seis meses
E o amor continua inalterado, inabalado, pulsando da mesma forma.
Quando se vê perdeu-se a oportunidade de falar o que vem no coração
Tanta mágoa e rancor tomaram o lugar do perdão
Só se conhece um lado, e esse lado não vive mais.
Só espera por um momento, uma palavra, um abraço apertado.
Alimenta-se de esperanças e vive em função da vida do outro
O coração está longe, mesmo estando a poucos metros de distância
Tenta buscar força pra apagar esse sentimento, mas não a encontra.
Foram tantas coisas vividas e agora são somente sonhos interrompidos
Na verdade parecem mais pesadelos, daqueles que não acabam nunca.
O mal estar é grande
E a sensação de bolo na garganta é maior ainda
Sofre-se quando está separado, estando junto o sofrimento não é menor nem maior.
Cada momento junto é especial e muito rápido, portanto é sempre muito bem aproveitado.
Não há palavras
Mas não falta vontade de dizer “eu te amo” cada vez que se encontram
Vontade de dizer que só quer estar junto
Vontade de falar tanta coisa, mas faltam as palavras e sobra insegurança e muito medo.
Medo do desconhecido, de tudo o que ainda está por vir.
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