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Manifesto
Jô Mendonça

Vivemos em mundo civilizado, maquiado e controlado. Um mundo onde tudo é milimétricamente disfarçado. Desejos reprimidos, sentimentos contidos, moral rigorosamente constituída. Uma incessante e ludibriosa filosofia de vida já está cristalizada, a filosofia que prega viver de aparência e encobrir vivências. Prega uma falsa benevolência, um perdão utópico e intangível, uma relevância estúpida e completamente cega. Quando teremos o direito de ver e não mais sermos enganados, manipulados e teleguiados?Quando poderemos dizer NÃO sem sermos taxados de rebeldes? Ou TALVÉZ sem sermos taxados de inseguros? Ou SIM sem sermos taxados de loucos? Ou DESCONHEÇO sem sermos taxados de ignorantes?
Quero derramar meu manifesto, correr, gritar, derrubar, desconstruir. Arriscar sem medo de errar, apostar sem medo de perder, ganhar sem medo de devolver, amar sem medo de me decepcionar, errar sem medo de me arrepender, acertar sem medo de me enganar.
Para que se calar, se existe garganta para gritar? Para se omitir, se existem idéias para acrescentar? Para que idealizar, se existem mãos para realizar? Para que sorrir o tempo todo, se a dor nos faz chorar? Para que mentir, se a verdade pode libertar? Para que concordar com tudo, já que é possível contrariar? Para que aceitar, se é possível mudar? Para que sofrer da doença, se existe um tratamento para curar? Para que bancar o bonzinho, se é permitido se rebelar? Para que aceitar uma idéia, se é possível contestar? Para que fechar os olhos se é possível enxergar?
Civilidade não significa passividade, significa ser alguém que presa a verdade, que defende, que luta, que corre atrás do pão de cada dia, que labuta, que mostra quem é sem máscaras, que sabe o significado se ser um cidadão livre.



Biografia:
Sou carioca, escritora e atriz de teatro.Escrevo romances, contos, crônicas e poemas.
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Publicações de número 11 até 17 de um total de 17.


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