Vida de engraxes,
onde corro
sem baforidos,
vida de tanta arte
que não me deixou
alaridos !
Vida de percas,
ganho de poucos,
rodo o rosto dela,
numa pérola de agosto,
e saio de mãos dadas
com toda vida pesqueira,
prá vida toda,
com nome de Maria Joana,
sem mais trilhas,
sem mais vesgueiros.
Que rodo, rodo,
Mas que céu de pano!
Este que faz prá sempre
dormir!
É só acordar do outro
lado - lugar de tangentes -
onde não se contam mais
tantos anos!
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