Dó, ré, mi...
Quem dera cantasse como um passaro
Cantaria dia e noite,
Encantaria a todos os boêmios
Veria à noite passar, embriagada pelo som.
A qualquer tom cantaria.
Que seja em dó, ré, mi, sol, lá, si,
Sem esquecer do fá.
Faria a noite ser totalmente uma criança
Soltaria a voz, como a voz de sereia.
Que canta e encanta.
Faria do meu cantar
Como a harpa de Davi.
Como um solo de guitarra
Ecoaria aos quatro cantos.
Só no prazer de cantar.
Quem dera pudesse fazer da minha voz
Um instrumento para acalmar os aflitos
Cantaria e com asa de águia subiria
Levando a voz por todo lugar
No simples prazer de cantar.
Cantar, cantar e encantar.
Com voz de um sabiá.
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