Ainda espero flores da vida.
Vivo a semear sementes,
Vivo em busca de terra fértil.
Para que eu possa, enfim,
Depois de tanto caminhar,
Colher os frutos plantados
Que ficarem, do meu canto,
Floridos, no meu jardim.
Ainda creio que sobre mim,
Pousará a doçura do fruto maduro
E a minha boca sentirá o seu sabor,
Enquanto os meus ouvidos ouvirão
Pássaros cantando para mim.
Meus olhos haverão de seguir o vento
E os meus pés não mais haverão
De errar o caminho.
Conhecerão a razão do meu canto
Aqueles que me ouvirem
E dar-me-ão força para cantar.
E, por sobre a relva macia,
Pousarei o meu corpo,
E amarei todas as coisas,
E desfrutarei dos bens da terra.
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