Parece nome de dupla caipira. Poderíamos montar um monte de duplas com canalhas desta categoria. Eu deixo minha posição bem clara em relação a essas pessoas: elas precisam morrer! O oxigênio que respiram e a água que bebem vão fazer falta um dia no planeta. Eu já escrevi sobre isso em outro artigo: “Pena de Morte: Apenas a morte”, e não há nada nesse mundo que me faça mudar de opinião.
Daqui a pouco a mídia esquece deles, pois com toda certeza, serão substituídos por outros idiotas da mesma estatura e com crimes de igual ou superior proporção. A banalização da vida é o efeito de uma causa muito maior, ou seja, a falta de significado da vida.
Levamos uma vida sem saber onde queremos chegar do ponto de vista moral e ético. Não temos a menor idéia qual é o significado que damos a nossa trajetória e existência. Para nós tudo é possível dentro de um consumismo desenfreado. O grande significado é ter poder e dinheiro. Todo o resto é resto. Olhamos o “outro” sempre como objeto e nunca como sujeito, incluindo nisso nossos companheiros e companheiras, filhos, parentes, amigos e assim por diante. O “outro”, quanto mais distante estiver, queremos que ele morra logo para não ser uma coisa a mais com que nos preocupar. Pensar que existem crianças morrendo de fome ou doenças, no mundo todo, mais de 30.000 por dia, é apenas mais uma notícia que não nos afeta e/ou sensibiliza.
Somos “humanárveis”, ou seja, humanos descartáveis iguais às garrafas pet que são jogadas todos os dias nos rios e ruas do nosso entorno. Não estamos construindo nada ético neste mundo. Onde nossa vã inteligência imagina que vamos chegar? Qual a finalidade de tudo isso? Precisamos criar diferenças tão malucas entre as pessoas?
Conheço crianças que, no auge de seus nove anos, já trocaram de celular mais de cinco vezes. É normal isso? Crianças morrendo de fome e outras trocando de celular. De quem é a culpa?
Será que a obrigatoriedade de incluir nos comerciais de bebidas alcoólicas a frase “Consuma com Moderação” deveria ser utilizada nas demais propagandas, de todos os produtos e serviços?
Esse consumismo desenfreado não foi o que motivou nem Bruno e nem o Nardoni matarem as pessoas que mataram. Mas a mensagem que está por trás do consumismo sim. A banalização. Como tudo hoje em nossa existência tornou-se banal, descartar objetos e vidas faz parte de nosso fluxo natural. Estamos fazendo isso a cada dia de forma automática e insensível. Não refletimos mais sobre nossa essência e existência. Somos a cada dia, algoz de nós mesmos.
Xiko Acis
Filósofo & Consultor
www.xikoacis.com.br
Inverno/2010.
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