Quando abriram-se as portas para a corrida presidencial, a olimpíada mais concorrida de todos os tempos, as benditas eleições. Comportas inundaram-se de ilusões, opiniões alargaram-se às diversas cidades, com as velhas e as novas, falsas promessas descaradas e suas adversidades acaloradas a cada passos dados em cada rosto de esperança.“Democraticamente” uniram-se os partidos, subiram de mãos dadas, tomaram os palanques em questões tão reticentes, esquecidas por águas passadas tão presentes, a cada quatro anos, sem se importar com a época, o tamanho da cueca e os milhões desviados. As mentes se envaideceram, desceram e subiram dos pedestais nos mais longínquos rincões esquecidos de seus currais eleitorais, podres poderes. Os "artistas"_ autores principais dos anais da contramão da história, seguiram-se pelos turnos da esquerda e da direita, figuras carimbadas, renascidas no tempo, subsequentes o povo com sua única arma na mão o sufrágio do voto. Ó glória. Outdoors com seus slogans lançando seus melhores produtos e marcas, tomando como via de publicidade, veículos expostos com suas preferências, enfeitando com suas bandeiras, tremulando coloridas pelos corredores das cidades, para lembrar aos coadjuvantes (nós), amnésicos; eles existem. Avivando nossas memórias para o por vir adiante. Com sorrisos "espontâneos"; palminhas nas costas. Caminhando lado a lado; enfrentando os becos; as favelas enlameadas e sujas de esperanças esquecidas. Pelos morros da vida, as vias do pó, tão temida, porém nunca esquecida, abriram-se as portas para suas excelências adentrarem com suas credenciais...Menos Polícia. Crianças encatarradas, velhos, velhas e suas arritmias desdentadas...abraços; colos...O álcool na mão para quê ? Afinal é só mais uma eleição, que não se ganha, se toma, como bem diria meu amigo e malandro urubu do ver-o-peso, certa vez à beira do guajará, no pós pandemia. Uma nova eleição e tudo justificado, a cada aperto de mão.
Livrai-nos, senhor, de todo o mal. Ó senhor, dono da razão...desses dias tão tenebrosos que ainda haverão de vir.
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