Qual um pastor arcádico
alimenta o sentimento da terra,
no ato de apascentar o rebanho
na solidez maleável
da verde pradaria,
e no ato de aspirar o puro ar
na concretude pedregosa da montanha,
aliando a isso
ritmar palavras amorosas
à doce pastora sua,
murmurando-as ao seu ouvido,
nascidas elas da transparência
um tanto lacustre
das águas dos ribeirões,
espelhando a fugacidade
diáfana das nuvens lá no céu,
Sim, qual esse pastor,
também eu
― não tão bem como o Poeta Pablo Neruda ―
desenhei estas palavras,
na esperança de também
despertar minha pastora
― de seu sono macio ―
com este poemeto que,
quisera, tivesse a ternura leve
de um beijo cálido.
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Biografia: Desde que nasceu, vive em seu torrão natal, a ilha de Mosqueiro, lugar banhado por 23 praias de água doce com ondas, uma singularidade no mundo inteiro. Tem graduação em Letras-Língua Portuguesa (UFPA), Especialização em Língua Portuguesa e Análise Literária (UNAMA)e Mestrado em Letras-Estudos Literários (UFPA). Gosta de escrever Contos, crônicas de temática variada, principalmente ligadas à literatura. É artista plástico amador. Já publicou de modo artesanal os livros de poesia "Setembro em brasa" e Dimensons", além de ter participado da coletânea de poesia "Mosqueiro, pura poesia", organizada por Lairson Costa. |