Aqui, nesta calçada,
defronte deste caramanchão,
próximo ao chalé Porto Franco ― desde a Belle Époque
mirando a Baía de Marajó ―,
sem chapéu na cabeça,
na mão, ou virado no chão,
contemplo um tempo
que não vi(vi):
vejo ali na areia
e após na água da praia,
(a banhar-se),
a alegria descontraída
de Mário de Andrade
― é maio de 1927 ―,
entregue às ondas
destas águas do Chapéu-Virado,
neste tempo que não
vi(vi),
mas que perco-ri
na transcendência das entrelinhas imaginárias
deste poema
que agora escrevi(vi).
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Biografia: Desde que nasceu, vive em seu torrão natal, a ilha de Mosqueiro, lugar banhado por 23 praias de água doce com ondas, uma singularidade no mundo inteiro. Tem graduação em Letras-Língua Portuguesa (UFPA), Especialização em Língua Portuguesa e Análise Literária (UNAMA)e Mestrado em Letras-Estudos Literários (UFPA). Gosta de escrever Contos, crônicas de temática variada, principalmente ligadas à literatura. É artista plástico amador. Já publicou de modo artesanal os livros de poesia "Setembro em brasa" e Dimensons", além de ter participado da coletânea de poesia "Mosqueiro, pura poesia", organizada por Lairson Costa. |