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Memórias de dona Kalú
O tempo em que eu era jovem
Adriana Wandemberg

Não foi difícil enteder como a vida faz sentido, não foi difícil entender o quão é bom ter histórias para contar, foi até muito simples entender a história de Kalú Brasil.Carinhosa,sincera, simpática e direta, foi logo falando como era a sua vida,com um jeito alegre e extrovertido, como que escreve poesias, foi contando e montando sua vida em pequenas e significativas estofes. No início, sentada em uma cadeira atraindo todos os olhares começou a revelar suas origens, e , aos poucos, foi se soltando e se emocionando ao relembrar momentos de sua vida e cada vez mais foi dando brilho em suas histórias.
Ela foi contando, falando e imagens começaram a surgir em minha cabeça, parecia peças de um quebra-cabeça, cada segundo que se passava era precioso demais, em segundos o olhar de dona Kalú mudava, haviam emoções diferentes.Não precisava perguntar mais nada.Bastava ouvir e montar uma sequência de cenas.
"Tudo começou em roraima, foi onde nasci e vivo até hoje, descendente de povos indígenas Wapixana, até hoje carrego recordações, não só do que meus familiares contaran-me mas sim dos momentos que presenciei.
Lá pelos ano de 1951, devia ter uns oito anos. era menina feita. minha vida era cheia de aventuras.morava em um sítio onde hoje se localiza o Taiano(interior do estado de Roraima), alí eu vivia para nadar,Pescar , caçar passarinho, andar à cavalo... mas tinha uma brincadeira que eu adorava " O choque do Puraqué" sabe o que é isso?
Puraqué é um peixe que habita várias regiões do Estado de Roraima e se tocasse neste peixe ele emitia um tremendo choque. eu, meus amigos e meus primos fomos para a beira de um lago que havia no sítio, então todos nós demos as mãos uns para os outros fazendo uma corrente.O primeiro da corrente tocava no peixe e o choque passava sucessivamente até chegar ao final da corrente e todos nós caíamos no chão ao mesmo tempo, nós achávamos o máximo levar choque do peixe e cair no chão, era muito divertido... Mas um belo dia, alguém que trabalhava no sítio passou e viu aquela travessura e foi até a vovó contar o que estava acontecendo, em segundos avistei a vovó com uma cara nada agradável, ela vinha em nossa direção com uma vara na mão. Como nínguem quis se responsabilizar pelo que havia acontecido todos apanharam.
Apesar de tudo, essa foi uma aventura e tanto"
No olhar de dona Kalú, encontro resquício de emoção, ao abrir e fechar dos olhos parecia que tinha mergulhado em um livro.Quero ter a oportunidade de reler esta memória, mas sei que não conseguirei destacar o que dona Kalú contou-me e o que escrevi de sua vida.Interessante, não?pessoas que nunca se viram conseguem conquistar o coração uma das outras apenas revelando suas história. Em segundos me entreguei as histórias de dona Kalú, onde presente e passado estão em pequenas palavras e grandes gestos.


                                    Texto baseado no depoimento da senhora:
                                    Kalú Brasil 66 anos


Este texto é administrado por: adriana wandemberg
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