A vez não tem
hora
e quando chega,
é a sua.
Foi assim a vida toda:
ela, de blusa de cachemira
vermelha,
-veludo carmim - ,
sedosa,pura, cheirosa,
eivando o espírito mais
simples,
transcendendo a
própria imortalidade.
Mas teve a vez:
o perfume se foi
como voam àsperos,
do frio, as andorras.
O cheiro se transformou
em âmago de nogueiras,
em córrego passageiro.
Mas teve a vez,
o corpo
que não era dela,
nem de mim próprio,
meu,sem dono,
se foi com o tempo.
Agora com o
jardim já seco
batido pelo sol,
meado de fome,
tem a luz que sufoca
as plantas róseas mal-vestidas,
e árvores quase secas.
E assim se foi.
A imortalidade tem um nome
bem comum,
Que poucos ousam falar:
Tem nome de ontem
dia vinte e pouco
do ano nosso de
cada dia,
de cada minuto
que sufoca
a respiração da gente.
E dissemos goodbye!
No típico Bogart!
E saudade tem nome,
sim senhor:
ventre escorrrido -
de lágrimas do algoz
cavalheiro -
que agora só, é pedra !
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