Na ânsia do amor reprimido
Pelo tempo, dividi o Eu
Em demasiada embriagues
Para em sua boca me fartar
Em saboroso e molhado beijo.
Era tanta vontade de ti
Que me joguei no abismo
Sem reparar as pontiagudas pedras
No final do báratro à espera
Desse coração para espetar.
Agora, há um coração partido;
De um lado da lança ficou
Lembranças daquele amor amigável,
De outro restam dor e saudades,
Que a cada manhã são cobertos
Pelo véu da maldade.
26 de junho de 2008, 19h10min.
Robério Pereira Barreto
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