deixa a mão
só prá beijar,
sem paz,
sem alaridos,
sem casa
branca,
sem paço,
só com o
vento brando
a alisar
a face roseada
de mel,
de luz,
de feitos
de homens
sem cruz!
cansei!
de parar,
cansei!
hoje, volto
cheio
de esperanças,
mas lá morro
na vã
tentativa
mas sem ranço!
hoje é dia de quebra,
hoje é dia de festa,
rumo meu corpo
pra ela,
que se queda
no vazio
de duas vidas,
que se foram
rodeada de belos
hortos
e flores
mais de festas
do que
- cruz em credo -
rosas de
pouca sorte!
sei lá se posso,
mas decerto,
cansei
feito homem
de bruto aço
que se queda,
flácido,
à luz
dos sem velas!
hoje é dia comum,
pasto de feras!
homens de Zeras!
faz dela
a chegada
de
minha flor
de espera!
sou perto
e sou longe.
sou de festa,
mas não me caso
mais com
mais nenhuma
bela
que vive nelas!
se meu vôo
é longo,
passo-fundo
a gemer.
fui uma vez
pra nunca
mais ter vez.
sou a sobra
a espera,
a chegada,
e as lágrimas
que, agora,
oro.
por céus,
meio-a-meio
faz de mim
um rei
de chegada,
vestido
de carmim!
vou embora,
doce amora!
volto um dia
e você
me namora!
mas,
cansei!
penei e
fanei!
regra
não tem!
a prosa voa
e a poesia
é alegre.
decerto!
no final dá
tudo certo!
tem muito vinho
e taças
mortas de
tanta alegria.
passo ao largo,
sou torto,
sou caça
e dízimo dos
pobres,
sem ao menos
saber cantar
a fúria
desmedida,
com tamanho
beleza de verso
que me enlaça.
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