A Inclusão e a Escola
Segundo Salgado (2009), uma escola pode ser considerada inclusiva quando não faz distinções entre os seres humanos, não seleciona nem diferencia com base em julgamentos de valor como “perfeitos e imperfeitos”, “normais e anormais”.
Uma escola inclusiva é aquela que oferece educação para todos, garantindo que qualquer aluno — com ou sem deficiência — tenha condições de conhecer, aprender, conviver e desenvolver-se plenamente em um ambiente livre de preconceitos, que valorize suas potencialidades e estimule a formação de uma consciência crítica.
Inclusão não significa adaptar o aluno a um padrão da maioria considerada "privilegiada", mas sim adotar uma postura que permita o verdadeiro “fazer parte”. Trata-se de conviver com respeito às diferenças, sem anulá-las ou ignorá-las.
A escola inclusiva deve ser aberta, eficiente, democrática e solidária. E certamente, essa prática traz inúmeros benefícios, os quais serão abordados em um próximo artigo.
Como mencionado, a inclusão começa pelo próprio espaço físico da escola, que deve estar preparado para receber todos os alunos, não apenas aqueles considerados “normais”. Isso inclui adaptações em salas de aula, bibliotecas, banheiros, pátios e corredores. Exemplos disso são: cadeiras com apoio para destros e canhotos, livros em braile ou em áudio, corrimãos adaptados, rampas de acesso e outros recursos de acessibilidade.
Se promover inclusão no cotidiano já é um grande desafio, o que dizer de “ensinar de forma inclusiva”? É como esperar frutos sem antes preparar o solo, escolher a semente certa e respeitar o tempo de maturação.
A inclusão escolar só é possível como fruto de uma mudança coletiva. Ela se concretiza quando todos — professores, direção, funcionários e demais membros da escola — mudam sua postura diante da diversidade. Isso exige acolhimento, novas formas de relação e escuta, sensibilidade e a suspensão de julgamentos que geram pena, rejeição ou descrença.
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