A gôta de uma lágrima do céu
desce mansa e límpida
pela face da flor.
Desce chorando. Desce sofrida.
Tão doce. Tão triste.
Deixa uma cor de dor
nos olhos
que aguardam
do tempo a aurora.
E longe reluz o sol.
Suas cores de luzes
já resplandecem
no interior da alma
da flor dourada.
Sua face brilha
em profunda paz
e serenidade.
Não há mais o que temer.
Não existem mais palavras,
mágoas ou dores
que mudem
o seu interior.
Ali, já fez morada o amor.
Cálido amor,
impossibilitado de nascer,
quanto mais agora de morrer...
Maria
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