Marina Silva resolveu que a palavra composta “caixa-preta” é racista. Desvio de foco, “cortina de fumaça” ou loucura?
Seria desvio de foco se, em vez de combater o racismo real, a ministra atribuísse a uma simples palavra a origem de todos os males.
A “cortina de fumaça” é muito conveniente para esconder a pusilanimidade, enquanto a Floresta Amazônica e o Pantanal ardem em chamas.
A falsa denúncia pode ser um sintoma de loucura. Ultimamente, a ministra andou falando em nanomísseis, irregularidades cósmicas, corredor humanitário (contra mudanças climáticas?) e caixa-preta (racista). As teorias exdrúxulas foram exprimidas com esses termos e sem nenhuma coesão.
Marina sabe que, simbolicamente, já representa a causa ambientalista. Demonstrando a personificação da Natureza exaurida, espera-se que a esquálida figura diga algo genial. A “intelligentsia” mundial aguarda, com apreensão, a pronúncia sôfrega de algumas palavras de sabedoria. Sabendo dessa expectativa, a ministra do Meio Ambiente diz coisas sem sentido e é aplaudida.
Para as florestas em chamas, talvez a ilustre acreana esteja tomando atitudes heterodoxas: uma reza brava, um arcaico ritual indígena ou uma... “cortina de fumaça”. Como a sorte não considerou o simbolismo da ministra, ela segue culpando os outros.
Simpática, Marina surge exibindo uma presença abstrata, feérica e onírica, mas enganosamente ingênua; não se podia esperar outra coisa, já que circula com desenvoltura por agremiações partidárias, aglomerações e articulações políticas. Gastando a perspicácia, política, ela simplesmente fala o que gostam de escutar. Interpretando o papel de quem preserva o “jardim do planeta”, Marina Silva segue exibindo a aparência de um carvalho centenário, mas seco, ou um moribundo papagaio depenado.
Quase pairando, basta Marina Silva existir e o Brasil terá a chance de desfilar à vontade na COP 28 (28ª Cúpula da ONU sobre o Clima), sua expertise. Bastando ser lembrada, o Brasil servirá de exemplo como defensor das pautas climáticas. Ela é usada como uma “interface” subserviente que defende os interesses do mundo desenvolvido (travas ambientais) e trata nosso país em desenvolvimento como uma eterna colônia. É uma ministra simbólica.
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