- Pelo jeito já temos o vendedor do mês.
- De novo, não.
- O que foi Greg, você pode ser tudo menos humilde quando se trata de vendas.
- Olhe Renata eu estou mudando, vejo as coisas de outra forma.
- Sei, fala isso por que sempre é o primeiro aqui..
- O que foi Renata, se não a conhecesse a tanto tempo diria que esta com inveja?
- Estou mesmo, preciso ganhar algum mês, olha, a grana do bônus ia me cair muito bem.
- O que foi dessa vez?
- Patrick, largou o serviço.
- Novamente aquele cara, olha Renata já nem te digo mais nada viu.
- Viu só, sabe que gosto dele, me faz bem.
- Sexo a gente arruma aos montes por ai.
- Não igual ao dele.
- Oh Renata, você sofre de carência acumulada.
- Ao menos sofro de algo que posso pegar, amar e você que não tem nada além do primeiro no mês.
- Obrigado Renata, me fez muito bem ouvir isso agora.
- Me desculpa, mais também você procurou quando veio falar do meu Patrick.
- Vai, vamos atender, chegou cliente.
- Oh saco, logo agora que eu ia te pedir uma grana emprestada.
- Ficou louca mesma, trabalhar garota.
Fim de expediente, 4 horas da tarde, Sofia já esta a espera de Reginaldo em seu carro frente ao escritório, logo ele sai e ela faz sinal para que entre no auto.
- Vai mesmo fazer essa loucura?
- Se não o fizer vou ser capaz de morrer aqui, eu quero ver o que ele tem para me mostrar.
- E se for real, se ele te trai o que vai fazer?
- Eu não sei mais acho que quando souber dai eu terei alguma idéia.
- Isso é ruim, quando se deixa para depois um caso assim o pior acontece.
- Nossa que drama Reginaldo, com certeza não vai ser nada.
- Olha, vejo que a razão esta chegando.
- Não, é o medo de realmente estar certa.
Bairro afastado, um tanto pobre, ela para o veiculo frente a um grande portão de madeira que necessita de verniz.
- É este número?
- É sim, o que você marcou.
- Bem, quem bate, eu ou você?
- Vai eu bato.
Reginaldo desce seguido de Sofia ele bate o portão e logo uma moça surge.
- OLá.
- Oi, minha amiga quer falar com o ........ qual é o nome do detetive, Sofia?
- Miguel, o nome do meu pai é Miguel, então são vocês, entrem, ele os aguarda ali na sala.
- Obrigado.
Seguindo um estreito caminho de blocos de concreto em meio a folhagens de um lado e outro, logo param numa larga varanda ali um cartaz, folder, dos serviços de detetive de Miguel Soarez e de uma mulher, Sandra que faz alegorias para festas em geral.
- Quem é Sandra?
- A, minha mãe, me desculpe nem falei meu nome, sou Bruna, filha do Miguel.
- Oi Bruna, lindo nome.
- Então Sandra é a mulher dele?
- Já foi, hoje não é mais.
- Entendo.
Assim que Reginaldo ouve aquilo já vê surgir um homem gordo, baixo, bigode e cabelos castanhos.
- Olá, a senhora veio dona Sofia.
- Oi seu Miguel, o que tem para mim?
- Direta, gosto assim.
O profissional olha para a filha que os acomoda nos sofás ali e logo traz a câmera que ela liga na tv e ao aceno de Miguel ela começa a reproduzir o filme e sai dali.
Na tela, Patrick sai do prédio onde mora com Sofia ás 10 da manhã, para no bar da esquina, toma café, fala com alguns frequentadores e logo se despede saindo, anda pelas calçadas, brinca com alguns garotos que vem de escola e segue até um ponto de táxi onde pega um.
- Por que ele teve de ir até o ponto, temos telefone ele poderia ter ligado de casa ou do celular.
- Ah, sobre isso senhora, logo saberá, o que posso lhe dizer, ele estava sem celular.
- Como sabe disso?
- Logo a senhora também saberá.
E assim segue a filmagem até o carro parar frente ao Motel Sereno's.
- Motel, é isso mesmo, Motel?
- Pois é senhora.
Reginaldo ao ver aquilo olha para a amiga e pede para que pare o filme ali.
- Não, eu quero saber de tudo.
- Tem necessidade disso Sofia?
- Tem eu quero.
Miguel explica para ela que ele demorou quase duas horas lá dentro e que ele ficou na espera até que..........
- Roda o vídeo.
- Sim.
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