Inverno |
Flora Fernweh |
Branca estação que as faces empalidece
em finura de branda lágrima que escorre
dos céus cinzentos cai a ave que morre
ao ver Perséfone que ao Hades desce
Gélida semente que no frio não cresce
árvores desbotadas e animais dormem
no refúgio sem gelo a planta disforme
recorda a doce primavera que fenece
Nem o amor sobreviveu à luz pálida
seu calor expira ao nevoeiro externo
hibernando em glacial certeza cálida
ventos atravessam o álgido inferno
cortando o ar de tristeza esquálida
no ardil sofrido do rigoroso inverno
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Biografia: Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. |
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