O deputado federal chegou para depor! O “homem-bomba” que a CPI escalou, chegou. Esse deputado se apresenta como quem tem o potencial para derrubar o governo, porque tem documentos comprovando a compra superfaturada de vacinas.
Desceu do veículo com um compreensível séquito de seguranças, Bíblia numa mão e exibindo um mal vestido colete à prova de balas. Já no corredor começou a depor para repórteres que ainda não tinham se decepcionado com o tal..., vá lá, “homem-bomba”. A tempo de obedecer a narrativa da “responsabilidade sanitária” e fingir que Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues lamentam a perda de vidas, Luis Miranda sapecou uma máscara cirúrgica.
O deputado federal Luis Miranda fez bem ao vestir o colete à prova de balas, porque tem uma porção de pessoas passadas pra trás que o acusam de estelionato. Nos Estados Unidos e no Brasil, Miranda deixou um rastro que o Fantástico, da Globo, imortalizou. Até a eleição dele, que também surfou na onda bolsonarista, tem indício de ter sido “comprada”.
O depoimento foi recheado de contradições, acusações sem fundamentos e ilações. Está cada vez mais evidente que essa CPI que inventaram é mero instrumento de perseguição. Funciona assim:
▪️o ministro do STF, Luís Roberto Barroso, deu o start para o plano B - instalar a CPI para derrubar Bolsonaro e “limpar” o caminho;
▪️a Comissão do Senado foi formada às pressas, com figuras suspeitíssimas, portanto sem nenhuma credibilidade;
▪️a CPI — como não tinha razão de existir e buscava corroborar o veredicto de um inquérito pronto — constrangeu depoentes, se recusou a ouvir o que não fosse de seu interesse e mudou, conforme a conveniência, várias vezes o foco de investigação;
▪️depois de um encontro com o relator da Comissão, Luis Miranda surgiu com uma “denúncia” vazia. O homem-bomba, que na verdade é uma biribinha, foi mal escolhido.
O picareta, que enganou incautos no início, no meio e no fim, colocou o irmão numa gelada. Está claro que o irmão do Luis Miranda, Luís Ricardo Miranda, gaguejou porque não tem a desenvoltura, desfaçatez, eloquência, convicção e persuasão de um estelionatário.
A Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado lançou mão de mais uma de suas ferramentas: um picareta.
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