Sem palavras estou a tanto tempo,
que confundo uma letra com a outra
e misturo os mundos que vivem
dentro e fora de mim.
Já não sei da diferença
entre o mundo escrito com o pensado,
falado e o que deveria viver.
Movida por sentimentos
que invadem
a privacidade do meu interior
e tornam público o meu pensar,
fico presa entre
o querer compartilhar
meu interior
e o não desejar fazê-lo.
O interior é sagrado
e por mais que falamos dele,
por mais que o expomos
ele nunca findará sua essência.
E se falei, se gritei
o que ia em minha alma,
saiba que tudo, tudo,
o mais profundo,
o sagrado do meu interior,
esse,
eu não
compartilho
nunca...
Ou compartilho??
Maria
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