Um cara.
Religioso, otimista, altruísta.
Qualidades sem igual
Estudioso, queria saber um pouco de tudo.
Ansioso, perspicaz, escorpião.
Sempre pronto para auxiliar quem precisasse.
Amou várias vezes.
Teve muitas namoradas.
Alto, forte, charmoso.
Alguns arriscavam considerá-lo até bonito
Apesar de não ser bem dotado.
É verdade.
Foi ótimo amante.
Sabia cativar com muitos carinhos.
Constantes assédios.
Mas, nunca deu sorte em casos sérios.
Os relacionamentos duravam pouco tempo.
Intensos, quentes e falsos.
Sofria por alguns dias, não amor, mas
De pensar quando iria ter novamente sexo.
Engraçado, hoje prefere a carência de amores.
Casou uma vez no oficial,
Quatro vezes em termos marital.
Dedicava-se, algo não batia.
Alguma coisa o abatia, porém não desistia.
Ótimos empregos.
Gastava sem um controle controlado,
Assim, óbvio, agradava suas companheiras.
No tempo, foi aprendendo que
Nas camas, nos restaurantes e na vida,
Cada um sempre foi cada um.
Todos tinham seus gostos, problemas e grilos.
Cada qual com o seu
Mas, tinham.
Perguntava-se o porquê,
Se as religiões pregavam o paraíso
Inteligente, mas indignado
Com o que presenciava.
Ninguém era totalmente feliz.
Procurava um alicerce
Para manter-se calmo e bem viver.
Amado? Com certeza foi.
A carne considerava preciosa.
Às vezes nem saborosa,
Mas alimentava-se.
Lia as poesias, não as suas.
A maioria com lamentos.
Aquele otimismo e carisma
Foi tornando-se frio.
Frio, sério e derretendo.
Entretanto, nada era difícil para aquele cara.
Triste e melancólico ficava
Quando um ser humano
De tudo reclamava.
Só lazer e falsos sorrisos.
Para ele era demais.
Jogava tudo para cima
E procurava prover-se da fuga.
Pensava que a felicidade ainda viria.
Às vezes pensava que a morte era o ideal.
Só pensava.
Então, depois de tantas tentativas e,
Pelos desamores e falsidades,
Reservou-se ao direito de viver para a pessoa
Mais importante do mundo.
Para si próprio.
|