A vida é perder.
Longe de ser ruim,
Perco todos os dias.
Independente da conduta,
Uma camada supérflua se vai...
Porque supérflua?
Por que ainda estou aqui, vivo.
Mas doí.
Perder machuca.
O adestramento para aceitar a derrota nunca foi completo.
Mas, todos os dias ela vem.
Sempre de mãos dadas com a frustração, humilhação e a incapacidade.
Os machucados cicatrizam, calejam, limitam.
E todo dia ela continua voltando.
Na Grande Escola, a matéria Vida, imposta todos os dias,
Nem negações ou objeções,
Me resta aceitar ou desistir.
A vitória me coroa com a certeza,
A derrota expõe minha deficiência.
E como as tenho.
Se me fosse dada a oportunidade de aconselhar a Vida, eu pediria:
Seja mais romântica!
Não precisa ser séria o tempo todo.
Seja mais flexível, para que nossas chances melhorem.
Quando a última camada se for,
Estarei com meu melhor terno,
Cercado de flores e velas.
Olhando a Vida nos olhos,
Tomando uma cerveja, com um sorriso sarcástico nos lábios,
Dizendo.
_ Estou livre do seu pairar.
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