Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
Sara Punida
Bia Nahas

Sara tenta esquecer o que aconteceu, mas não é possível porque as lembranças estão na sua mala como roupas amarrotadas.
As roupas dão indício do que fez e de onde esteve.
Mas a mala está trancada.
Ninguém pode saber...
Sara não contou diretamente para ninguém o que aconteceu por puro receio do que pudessem dizer.
Com certeza, a julgariam e não a entenderiam, mas é a verdade: Sara viu a morte...
As roupas dela estavam encharcadas de angústia ou culpa. Sim... Seria possível?!
Podem-se dizer e ver que as roupas dela estavam encharcadas do sangue que escorria do seu braço auto-mutilado, violentado, punido por agir... Afinal, quando errava, merecia ser punida... e por ser quem é também... tão insuficiente...
Mas Sara só conseguia ver que estava encharcada de angústia ou culpa.
Sara tentou se matar e chegou a ver a morte de muito perto.
Ela guardou no armário do seu quarto escuro seu segredo numa mala trancada sem falar para ninguém pela vergonha de confessar seu desejo de se matar.
Sara via as fotos do seu passado com cor de gris...
Desde o ocorrido, Sara pendurou na porta do seu armário fotos pretas do futuro desconhecido. Fotos pretas de amigos e amigas sem rosto. Fotos pretas de momentos com a família ... Fotos pretas de novos amores... Fotos pretas de planos que poderia vir a realizar... Fotos pretas de novos aprendizados... Fotos pretas que escondem outras possibilidades.
O medo do desconhecido é latente e gritante. Além disso, Sara também sentiu, sem querer assumir, um vislumbre do que parecia ser uma curiosidade...
Mas com a possibilidade de continuar sendo machucada e decepcionada, Sara não quis ver essas fotos no futuro com mais cor. Sara não quis experimentar porque para ela a angústia era o mesmo do que a culpa. Não conseguia ver a possibilidade de se sentir frustrada ou angustiada sem tanto remorso ou culpa por como agiu ou se sentiu porque ela não se permitia experimentar coisas novas e por vezes se entristecer e/ou se alegrar com elas.
As fotos permaneceram escuras na porta do seu armário...
Com roupas encharcadas de uma profunda angústia ou culpa, agora o coração de Sara estava mutilado, sangrando, punido por sentir...


Biografia:
Oi, gente! Sou a Bia. Tenho 22 anos. Moro em São Paulo capital. Estou fazendo faculdade de psicologia. Cada poema é muito especial e único, pois expresso alguma inquietação social ou pessoal. Faço encomendas de poesias. Quem quiser me conhecer, será um prazer. Mande um e-mail que eu respondo. Email para contato: nahasbeatriz@gmail.com Meu blog pessoal de poesias: www.rumoaminhamente.blogspot.com.br Twitter: @Bia__Nahas
Número de vezes que este texto foi lido: 52968


Outros títulos do mesmo autor

Poesias Real Pintor Bia Nahas
Poesias Retratos de um Tempo Bia Nahas
Poesias Teias Invisíveis Bia Nahas
Poesias Inatingível Sol Bia Nahas
Poesias Visceral Fumaça Bia Nahas
Poesias Escute (+ Episódio 9 da Série em poesia) Bia Nahas
Poesias Nada Inocente Bia Nahas
Poesias Horizonte de Luar Bia Nahas
Poesias Quando Quiser Bia Nahas
Poesias Bem Coladinho (Temática: Forró) Bia Nahas

Páginas: Próxima Última

Publicações de número 1 até 10 de um total de 345.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
JASMIM - evandro baptista de araujo 68968 Visitas
ANOITECIMENTOS - Edmir Carvalho 57889 Visitas
Contraportada de la novela Obscuro sueño de Jesús - udonge 56706 Visitas
Camden: O Avivamento Que Mudou O Movimento Evangélico - Eliel dos santos silva 55781 Visitas
URBE - Darwin Ferraretto 55019 Visitas
Entrevista com Larissa Gomes – autora de Cidadolls - Caliel Alves dos Santos 54894 Visitas
Sobrenatural: A Vida de William Branham - Owen Jorgensen 54828 Visitas
Caçando demónios por aí - Caliel Alves dos Santos 54794 Visitas
O TEMPO QUE MOVE A ALMA - Leonardo de Souza Dutra 54706 Visitas
ENCONTRO DE ALMAS GENTIS - Eliana da Silva 54692 Visitas

Páginas: Próxima Última