Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
ESPESSOS REFLEXOS 4 IND 14 ANOS NOVEL
DE RICO FOG E IONE AZ
paulo ricardo a fogaça

Resumo:
BOM

3




             Amanhece, Nelson abre a igreja, logo um garoto entra segue para a sala ao fim do altar, liga o aparelho de som, toque do sino anuncia a missa matinal.
    Logo os primeiros fiéis entram, Nelson assume o púlpito levando aqueles ali as palavras de alivio a alma, ninguém notou qualquer peculiaridade naquele homem, porém deram falta do antigo sacerdote dali, sempre se perguntando e gerando murmúrios ali.
    Selma termina de pôr a mesa, Moisés vai ao banheiro e logo retorna limpo e feito a higiene bucal, ela senta á mesa, com copo de café e come um pão francês na margarina.
    - Bom dia.
    - Bom.
    - Vou trabalhar, volto lá pelas 7 da noite.
    - Tudo bem.
    - E você?
    - Vou arrumar alguns encanamentos em 3 casas, chego lá pelas 6 da tarde.
    - Tá certo.
    - Você é feliz?
    - Como?
    - Você é feliz, quer que eu vá e assim você possa continuar sua nova vida?
    Os olhos de Selma brilham ali diante aquilo que seu marido disse, logo ela diz:
    - Gosto da vida de agora, estou bem assim, e você?
    - Mais ainda me teme?
    Selma sente seu corpo estremecer naquele momento.
    - Uma coisa eu te prometo e pode escrever, aquele homem de antes não existe mais, nunca mais te ofenderei ou serei rude contigo e com o nosso filho, eu te prometo e acredite.
    - Eu sei, nem precisava dizer isso, você esta bem diferente de antes, acredito em suas palavras.
    - E quanto as novidades, afinal ficara muito tempo só, tem alguém em sua vida?
    - Vou trabalhar, estou atrasada.
    - Bom trabalho.
    - Pra você também tchau.
    - Tchau. Ela sente seu corpo gelar ao ouvir aquilo, o modo calmo como ela dirigira as palavras lhe fizeram ao mesmo tempo crer mais ainda que aquele homem ali nada tem a ver com o antigo Moi que fora casada e sofrera tanto.
    Moisés fica ainda ali, logo vê Selma sair em perfume e vestida ao trabalho, ele termina o café e logo Ulisses entra ali, toma café com leite e retorna ao quarto saindo ja vestido em short e camiseta, chuteira nos ombros, sobe na bike e segue para o campo do bairro, ali um grupo de amigos o aguarda para uma partida de futebol.
    Selma tira a roupa e segue para a banheira daquele luxuoso motel da rodovia, Lúcio a aguarda na banheira.
    - Por que não veio ontem?
    - Estou aqui, agora.
    - Que desculpa deu para o trouxa?
    - Quer mesmo saber ou aproveitar, afinal não veio até aqui para isso.
    - Tú é safadinha mesmo, gosto disso, gosto muito.
    - Me respeite.
    - Só faço o que me mandam, afinal aqui és minha rainha, gostosa.
    - Vai logo.
    - O que foi, tá com raivinha, me perdoe, se quiser fico de joelhos, quer isso?
    - Você não presta Lúcio.
    - Mais eu gosto de você, gosto tanto que você nem imagina.
    - Xarope. Ela entra na água, Lúcio avança em beijos e caricias, Selma corresponde porém não traz para ali toda energia que o momento exige, sua mente esta em casa nos ultimos acontecimentos com Moi.
    Duas horas depois, Selma termina de colocar suas roupas, Lúcio ainda ali nú bebe mais uma taça de champagne, ela segue para a porta.
    - Já vai, até semana que vem no mesmo horário, depois cumpro com o combinado como sempre o faço.
    - Não precisa, não preciso mais daquilo, pode deixar para sua outra conquista.
    - O quê, o que quer dizer com isso?
    - Acabou, essa foi a última vez que me teve aqui ou em qualquer outro lugar.
    - Esta de brincadeira, só pode, não pode nem em imaginação dizer isso, linda.
    - Já disse, acabou e por favor não me procure mais, sou uma mulher casada e muito bem casada.
    - Para, ja deu de brincadeira por hoje, agora vem aqui e me dá um cheiro vai.
    - Adeus.
    - Não, eu digo quando acaba, eu é quem digo, só eu, entendeu.
    - Como disse, adeus. Selma sai dali sem olhar pra trás, Lúcio sai da banheira e vai vestindo a sua roupa ás pressas, na frente do motel, ela entra no táxi que pedira na recepção, Lúcio surge logo depois e segue o veiculo em sua camionete, na praça principal ela desce, Lúcio sai do carro deixando o auto ligado no meio da rua, vai até ela.
    - Vem aqui, me deve algumas explicações o que foi aquilo que aconteceu há pouco?
    - Chega, me solta.
    - Vamos diz aqui na minha frente tudo aquilo que me disse, diz de novo, diz.
    - Preciso trabalhar, me deixe em paz.
    - Só depois que me explicar bem direitinho toda aquela papelada que fez lá naquele quarto. Pessoas ali assiste a tudo, alguns sacam de seus celulares e tiram fotos e vídeos, ela tenta esconder o seu rosto mais é muito tarde para isso.
    - Largue minha mulher. Moisés ali frente a eles, Lúcio ainda seguro a Selma que consegue se desvencilhar e vir para trás do esposo.
    - O que foi Moisés, sabia que ela tem aquecido meu corpo durante 3 anos, os 3 ultimos anos?
    - Isso já foi, acabou ela estava só, agora tem a mim, ela decidiu assim.
    - Sério é isso mesmo, vai passar o recibo de corno pra todos aqui, tinha de ser assim, o corno esquecido com a vagabunda da cidade.
    Moisés lhe dá um soco certeiro que faz Lúcio cair sentado ao chão.
    - Nos deixe em paz só isso que te peço e passar bem. O casal sai dali sob os olhares da gente dali, Lúcio caído tenta se levantar por si só mais não consegue até que um bêbado o levanta.
    - Vá para os infernos, eu estou bem.



                                                       06082020..............




                                Selma entra na casa cabisbaixa deixa sua bolsa quando toca seu celular.
    - Oi sim, foi, depois eu falo, tenho que falar com o meu marido, sim ele esta aqui, tudo bem, ok, tchau.
    Ela desliga, Moisés ali na sua frente passa por ela indo para a cozinha.
    - Quer água?
    - Sim, um pouco por favor. Logo ele retorna com a garrafa e dois copos, serve para e ela e para si.
    - Me desculpe.
    - O quê, você é livre, por isso eu te perguntei e.......
    - Você quer que eu saia, tudo bem, só nos dê um pouco de tempo a mim e meu filho.
    - Nosso filho, Ulisses é meu filho também.
    - Tudo certo, entendo.
    - Não quero saia e tampouco que vá, se quiser fique.
    - Moi.
    - Olha, fizemos coisas, escolhas, eu estive muito tempo fora, sei, fui e sou o errado total nisto, eu é que devo sair é só me dizer eu saio e não retorno mais, mais sabe, eu sinto que ainda podemos ser um casal, sinto que tenho que ficar e cuidar de vocês minha família.
    Selma o abraça forte em lágrimas.
    - Não sei o que te fizeram e por onde andou estes anos, mais por favor não mude para quele de antes, por favor, nunca mais.
    - Não, aquele já não existe mais.
    - Podemos ser um casal, um casal feliz?
    - É o que quer, sim podemos ser.
    - Acho então que para inicio de tudo tenho de lhe contar o que me aconteceu desde sua ida.
    - Não, não é preciso por favor, é passado e temos que nos basar daqui por diante.
    - Eu te quero.
    - Também te quero.
    Moi a levanta levando-a para o quarto.
    No campo, Ulisses defende mais um ataque quando um garoto invade o campo.
    - Ulisses, a sua mãe, tava brigando com um homem lá na praça.
    - Quando, quem é o homem?
    - Não sei, minha mãe chegou falando, parece que seu pai estava junto.
    - Aquele homem não é o meu pai.
    - O quê?
    Ulisses sai do jogo pega sua bike indo para a sua casa.
    Kauê bate a porta da casa aos fundosd da igreja, Nelson surge em calça e camisa, com chinelos nos pés.
    - Oi, a compra sr.
    - Obrigado. Ele pega a compra da mão do rapaz e logo faz o pagamento da mesma, Kauê agradece e sai.
    Na cozinha ele guarda as carnes no freezer e os de mercearia no armário, ele decidira por dispensar as duas senhoras que há anos estivera no cuido da limpeza e cozinha dali para o antigo pároco.
    Assim que termina de guardar, segue para a sala e liga o som baixo em músicas romanticas internacionais, abre uma cerveja em lata e sentado faz a degustação da mesma quando.
    - Olá senhor padre.
    - Oi. Ele olha para a porta que não fora fechada e espantado deixa cair sua bebida no tapete.
    - O que foi, tens tanto medo assim?
    - O que faz aqui, estou cumprindo meu acordo e ..........
    - Tá, tudo certo, não vim por sua causa. Ali a entrar na sala uma mulher alta, esguia, branca, cabelos loiros e face jovial.
    - O que quer?
    - Vim atrabalho, como vocês dizem por aqui, pesquisa de campo, só isso.
    - E?
    - Para inicio pode me chamar de Celine.
    - Celine?
    - Sim acho que de uma cantora pop, acho.
    - Por favor, por quanto tempo vai ficar e onde?
    Ela anda pelo lugar sob o olhar de Nelson, ela entra em um quarto e logo retorna a sala em hábito religioso.
    - Por algum tempo e sim, ficarei aqui contigo neste lugar, por que?
    - Meu Deus por que?
    - Acho que não precisamos coloca-lo nesse caso, bem, até por que ele não iria querer participar em nada, sabe muito bem disso.
    - O que diz.
    - A sim, acho que logo teremos mais visitas, portanto é mais do que na hora de deixar este lugar mais comodo, um ambiente melhor, concorda?
    Nelson sai dali deixando Celine a limpar a casa.
    Moisés sai da cama nú, enrola uma toalha ao corpo, Selma ali deitada sorri diante as cenas quentes vividas ali, nada lembram as de antigamente em que era praticamente forçada a manter relações com ele, logo ouve-se o barulho de batidas á porta.
    - Vou ver.
    - Deve ser nosso filho.
    - Sim. Moi segue até porta destrancando-a, logo Ulisses entra ali em raiva.
    - Onde esta a minha mãe?
    - No quarto, o que houve meu filho?
    - Quero que vá embora agora, só nos deixe em paz, vá agora, saia daqui. Grita o garoto a ele.
    - Por que?
    - Não percebe, você mau a gente, só isso, você não é bom, vai embora.
    Selma sai do quarto em camisola ao ouvir os gritos do filho.
    - O que foi Ulisses, que gritaria é essa ficou louco menino, respeite seu pai.
    - Ele não é o meu pai, meu pai esta morto.
    - Ele é seu pai e você lhe deve respeito hoje e sempre ouviu bem.
    - Até você mãe, ainda ontem éramos só eu e você, agora aparece esse homem ai que ninguém sabe quem é, do nada, chega, não quero ve-lo mais, nunca mais com a gente.
    O garoto grita em choro aquilo sob o olhar da mãe e do pai.
    - Ele fica.
    - Mãe.
    - Ele fica.
    - Por isso que as pessoas dizem que você é uma mulher de vida fácil, que dorme com qualquer homem em troca de míseros ganhos e...........
    Selma não deixa o garoto terminar a frase lhe dando um tapa na face, logo o abraça com força.
    - Eu sou sua mãe, tá ouvindo bem, ele é o seu pai, ele mudou e quer cuidar da gente e assim que vai ser, entendeu?
    - Por que , por que tem de ser desse jeito, por que ele voltou assim do nada e fez nossa vidas, minha vida um inferno, por que?
    Moi se aproxima do filho e o afaga.
    - Sei que tenho uma grande divida contigo, mais por favor, me dê uma chance para redimir.
    - Você nunca foi bom, todos dizem isso, todos.
    - Eu quero ser bom agora, para você e para sua mãe.
    - Eu não acredito.
    - Tudo bem, nem eu acreditaria, mais em todo caso, fique tranquilo, estou do seu lado, quero ser o pai, amigo, o que você quiser.
    - Você jura?
    - Sim, eu juro. Moi abraça o filho que derrama lágrimas ali.

                                                                07082020...........


Biografia:
amo escrever e ler
Número de vezes que este texto foi lido: 59435


Outros títulos do mesmo autor

Crônicas A ESTRANHA CAÇADA paulo ricardo a fogaça
Crônicas TE ODEIO paulo ricardo a fogaça
Contos INTENSO 2 IND 18 ANOS paulo ricardo a fogaça
Contos INTENSO IND 18 ANOS paulo ricardo a fogaça
Contos OCRE FINAL paulo ricardo a fogaça
Poesias ESTRANHA REALIDADE paulo ricardo a fogaça
Poesias ESTRANHO DESESPERO paulo ricardo a fogaça
Contos OCRE 9 IND 16 ANOS paulo ricardo a fogaça
Contos OCRE 8 IND 16 ANOS paulo ricardo a fogaça
Contos OCRE 7 paulo ricardo a fogaça

Páginas: Próxima Última

Publicações de número 1 até 10 de um total de 138.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
RECORDE ESTAS PALAVRAS... - MARCO AURÉLIO BICALHO DE ABREU CHAGAS 62432 Visitas
Fragmento-me - Condorcet Aranha 61878 Visitas
PRA LÁ DE CAIPIRA - Orlando Batista dos Santos 61662 Visitas
RODOVIA RÉGIS BITTENCOURT - BR 116 - Arnaldo Agria Huss 61571 Visitas
LIBERDADE! - MARIA APARECIDA RUFINO 61528 Visitas
Humanizar o ser humano - jecer de souza brito 61011 Visitas
ARPOS - Abacre Restaurant Point of Sale 5 - Juliano 60392 Visitas
Mulheres - Ana Maria de Souza Mello 60345 Visitas
"Fluxus" em espanhol - CRISTIANE GRANDO 60271 Visitas
É TEMPO DE NATAL! - Saulo Piva Romero 60217 Visitas

Páginas: Próxima Última