Tempo.
Tudo é em função dele.
Tempo de fazer. Tempo de nascer. Tempo de cuidados especiais. Tempo de crescer. Tempo de apreender. Tempo de gozar. Tempo de trepar. Tempo de se iludir. Tempo da colheita. Tempo das dores. Tempo ao tempo. Tudo tem seu tempo. O tempo para nós é muito ou pouco. O tempo do universo é nada. O tempo para Deus, nem existe. Tudo ao seu tempo.
Desejo esse tempo do saber esperar. O tempo nos ensina a ficar maluco, rico, inteligente ou apenas ser semente.
Esse tempo da ansiedade, que nos faz usar drogas para ver o tempo passar. Acabamos de gerar um semelhante, queremos que o tempo passe logo, para ver o semblante dessa geração. Parece com alguém e o tempo vai mudar a fisionomia. De tempo em tempo, pelas leis naturais, que o tempo desafia.
Estava bem naquele tempo do nada. Agora, preciso correr no tempo, antes que o tempo me leve.
De tempo em tempo, vou e volto no tempo dessa ciranda de vai e vem. Entretanto, vou dar um tempo, quero ficar aqui todo o tempo que me for doado. Espero que o tempo me dê o resultado dessa equação em tempo recorde.
Desde o tempo que nossos ancestrais tentavam andar em pé, o tempo foi o marco histórico de todos os tempos. O tempo mostrou como fazer tudo certo ou errado no tempo da evolução retrógrada, analisando o tempo que passou e não no tempo que virá.
Se não me falha a memória nesse tempo, a maioria dos seres humanos desse tempo, preocupa-se com o tempo que passou e, com insignificantes preocupações com o tempo do amanhã.
Dá um tempo. O tempo, tarda, mas, não falha. Então, o tempo retardado não falhará no tempo futuro.
Estamos vivendo nesse tempo de conquistas e realizações que, em virtude desse tempo moderno, estamos alterando as formas do tempo, diminuindo ou aumentando tudo aquilo que obtivemos pelo tempo.
As crianças se alimentavam no tempo e tamanho original, nesse tempo, ingerem o leite em tamanhos e quantidade de silicone que o tempo moderno impôs.
Modificamos um tempo de originalidade, por um tempo de grandes feitos visto que, com o tempo será do tempo passado. Nasci nesse tempo, que com o tempo apreendi, aguardar o tempo ideal para colocar as coisas no seu devido tempo. No meu tempo se dizia “está ganhando não mexe”, “está acabando o tempo”.
Nesse tempo, está acabando o tempo, e tiramos a tempo antes que se machuque até o final do tempo.
Naquele tempo bastava se redimir pelo que o tempo fez, com muita fé era desfeito com o tempo.
Com tanta evolução do tempo, hoje, com a facilidade e rapidez do tempo, para excluir ou acrescentar com ou sem fé, o tempo demora mais que naquele tempo.
Conforme a disponibilidade de tempo, podemos fazer do tempo vago, um tempo totalmente preenchido com tudo o que o tempo possa nos proporcionar, incluindo um tempo que, de tempo em tempo, mudamos para a tentativa de um tempo melhor.
Com esse tempo de procura, o tempo determina que o tempo pode nos levar a um tempo de buscas, onde com o tempo dessa descoberta, os objetivos são concretizados dentro de um tempo hábil, antes do tempo finalizar esse vasculhar.
Temos que procurar fazer do nosso tempo, os segundos, minutos, horas e, ainda expandir esse tempo em espaço de tempo, nos dando a instrução de aproveitar todo o tempo que nos é de direito.
Já é tempo de introverter o tempo no contexto dos princípios básicos, reciclando um tempo que favorece a época de maior cuidado com esse tempo.
Desvincular desse tempo preocupado só com o tempo, é questão de tempo. Para que esse tempo tenha tempo de desmascarar as proezas que o tempo fez e é necessário dar tempo ao tempo.
Viver só o tempo que fazemos do tempo, significa um tempo perdido. Na verdade, para que aquele tempo tenha tempo de visualizar um tempo melhor, temos que entender que o tempo seja, de tempo em tempo, modificado pelo tempo.
A relação análoga do tempo conserva no tempo, condizente com um tempo de investigação desse tempo. Visto que é tempo de rabiscar, tempo de brincar, tempo do recreio, tempo de correr, tempo da safra, tempo de black-out, tempo de economizar, tempo disso e daquilo, tempo de ir contra o tempo.
Conforme um tempo absoluto, mudamos para o tempo compartilhado ou composto, onde fazemos tudo com tempo de clímax, em tempo de projeção, tempo da entrada, tempo da geração, após, tempo de enxugar, tempo de relaxar, tempo da recomposição. Nesse tempo das vacas gordas, inconscientemente, lembrados do tempo das vacas desnutridas, conjugando um tempo de acesso ao tempo de coagulação.
Em tempo de real, variante de tempo estável, é um tempo próprio e verdadeiro, que a um só o tempo, passamos o tempo, não tendo tempo para se coçar porque, nesse meio tempo, passamos o tempo, comprando quase tudo que o tempo favorece nessa temporada.
Só o tempo dirá, qual foi o tempo correto que passei no tempo, por um período de tempo da sucessão de tempo absoluto que, com o tempo apareceram marcas que tornaram-se visíveis, só com o tempo.
E o tempo passou.
Agora entendo que o tempo leva tudo que outro tempo trouxe. O tempo proporcionou momentos com outras pessoas que, também, com o tempo tiveram seus instantes de glória. Conforme o tempo individual da fantasia. Na minha memória basta lembrar das letras (iniciais de cada nome) que passaram pela minha existência por aqui. Foram nesse tempo, artistas, estrelas, ótimas atrizes fetiche e folclore.
Sim, algumas de carapuça com falsos sorrisos e perfumes de camelot, apenas em tempo de ficarem bem alimentadas e me levarem pra cama. Foi no tempo que usei ou fui usado ?
Que tempo de ilusão passageira.
Na despedida, com o tempo, por todas chorei. Imaginava que outra igual daquele tempo, não encontraria. O tempo mostrou que estava em conveniência com aquele tempo. Afinal era tempo de dar tempo ao tempo, porque era tempo de provar que aquele tempo era meu. E foi no tempo que extravasei tudo que o tempo me inspirou, a ser mais eu e acho que errei. Devia naquele tempo, ter constituído minha família que, com o tempo sinto a falta de ser o protótipo ideal de homem. Tentei isso no tempo, mas com o tempo dissipou. Muitas letras foram importantes naquele tempo e deixaram saudades. Mas, algumas letras, daquele tempo, nem sempre teve profundos envolvimentos, bati de frente e fui pela pátria.
Nessa fase da cópula juvenil, com o tempo e o mastro da bandeira sempre em prontidão, as letras foram de A à Z, as vezes repetidas, todavia não as confundia. Tempo bom.
Lembro daquele tempo que não voltará, contudo as recordações estão sempre evidentes e, fazem-me sentir o tempo da jovialidade com garra, coragem e, ainda, com algumas iniciativas.
Por algum tempo, o tempo foi meu melhor amigo e confidente. Fui naquele tempo, um conquistador das botas e gatas, das mais feias até as mais cobiçadas por algum tempo.
Penso em esquecer aquele tempo. Não consigo. Obtenho apenas, com o tempo, lembrar dos gestos, palavras, atitudes, tolerâncias, indulgências, disparates e asneiras.
Com o tempo, viverei no tempo, como se fosse o tempo de viver em tempo, assim como, o último tempo.
Só com o tempo.
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