Brinco
de esconde-esconde
com minhas miragens,
com meus desenhos cegos.
Uma viagem
para distante,
sou um viajante
desses errantes
tateando a magia
das brumas de Avalon.
Às vezes,
quando me acho,
estou surfando
entre as galáxias,
ou brincado de gangorra
com as estrelas.
Às vezes,
estou pastoreando
bandos de mamutes,
nas pastagens verdejantes
numa manhã quente de verão.
Como da outra vez,
nunca se sabe
quando pode aparecer
um dente-de-sabre,
antes que as miragens
se escondam,
que os desenhos cegos
se desfaçam,
e o amanhecer
me jogue de volta
no corredor polonês.
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