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VIRGINDADE
Flora Fernweh

Arrancou aquilo que havia de mais misterioso em mim,
penetrou minha alma do jeito mais doloroso que existe,
não me tirou um único pedaço de carne latente,
pior: roubou meu coração por completo.
Amar é querer sentir o coração não mais virgem.
Sentir? Pouco provável, depois do que fizeram comigo,
e tê-lo pesado, pelas lembranças recentes e leve, por contar a história de uma cicatriz.
De menina intocada, saltei para a moça mais tocada,
e agora estou aqui, onde sempre estive mas nunca fui, com os sonhos que desnudou sem o meu consentimento,
e com as fendas que esburacou no eu mais íntimo que me constitui.
Hoje estou convicta de que dói muito perder a virgindade,
a mais banal te faz sangrar por uns minutos,
já a outra te faz chorar por toda uma vida.
Só quero voltar a ser minha, erma, virgem de amor e todo o resto que eu era antes…
Pelo menos, restou o prazer que tive, por ter um dia, amado perdidamente.


Biografia:
Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. 
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