DESEJO DE VINGANÇA
Eu um dia fui alegre, sorria para a vida mesmo nos momentos difíceis,
Dava conselhos aos amigos de como se comportar nos problemas,
Achava difícil alguém não se reerguer na perda de um amor.
Um dia não mais que derrepente eu me vi em uma situação inusitada,
Eu pensava que já havia amado alguém, mas o destino me enganou,
Eu conheci você e tudo mudou na minha vida, agora eu sabia o que era amar.
Fiquei feliz por me descobrir ébrio de amor, paixão, mas qual a minha decepção ao descobrir que eu fui simplesmente usado por você minha louca menina, você só queria se divertir às custas de alguém que podia te proporcionar uma vida cheia de coisas que você não tinha ,
Coisas que almejava conseguir a todo o custo.
Alugou-me sua companhia, que eu julgava ser vontade de permanecer junto, me vendeu seus beijos, que eu julgava ser demonstração de um amor imenso, me hipotecou seu corpo, por um punhado de dinheiro, joias, pobre diabo eu acreditando ser amado.
Coloquei-te no altar de minha vida, e a ti imolei a minha existência antes vazia.
Ofertei-te tudo, como o crente ora aos santos, mas tarde demais descobri que estava enredado numa teia viscosa que tecestes em torno de mim, fui sucumbindo aos poucos .
Vislumbrei sua chegando como a aranha para comer o inseto, mas estava fascinado e não consegui fugir, você me envenenou e simplesmente , quando viu que eu já não tinha nada que você queria me descartou, me jogando fora da sua teia.
Pensei morrer, mas o tombo aos poucos foi me dando forças para me reerguer e sonhar com uma vingança, que me fizesse me sentir humano novamente.
Tracei planos para te destruir e assim a tarântula foi ficando presa em sua própria teia.
Já agora eu gargalhava um riso nervoso, por saber que te tirei tudo o que você conseguira juntar com os cacos dos que te amaram , a vingança não seria só minha , mas de muitos que você usou e como insetos descartou.
Então eu como outro animal peçonhento estava prestes a te devorar, tudo estava traçado a hora da vingança chegara, só havia esquecido um detalhe, OS TEUS OLHOS DE MEDUSA.
No último momento você me olhou nos olhos, e eu me vi preso novamente,
Que algum poeta se apiede de minha alma quando escrever sobre mim.
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