Login
Editora
|
|
Texto selecionado
HORAS NOTURNAS |
jessé barbosa de oliveira |
HORAS NOTURNAS
Quando bate a modorra,
reluto incançavelmente
para não sucumbir á efêmera morte diária
a que me impõem os contínuos breus dormentes,
os quais me fazem jazer sobre a cama
do esteio da velha solitude teimosa
que comigo aporta nesta alcova nova.
porque quero muito ficar
ao sabor do fraternal masoquismo
dum recente relicário
de rios que inexplicavelmente sem sentido se esfumaçam:
afinal sem saber-se refluentes.
Sem saber se exatamente poderão talvez um dia desses
voltar á sua congênita forma.
No entanto, eu bem sei: eles não são molas!
Ah, me pego subitamente
afogando-me nas águas profundas do divagar
onde alfobram o titanismo
e seus devotados miasmas garridos.
Entretanto, uma vez mais,
para o quarto retorno. Me fixo na janela
a contemplar o fluir e o refluir das relíquias fraternas
que, na estrada saudosista da memória, perpassam lépidas.
Sim, então, sob o peso da dor, sobre o leito, desmaio.
Com efeito, sob o peso das águas que não jorram,
no catre, eu mortamero cansado!
Cansado de olhar o rio que corre. Corre cheio de desapego:
desapego ao passado ainda tão claro.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
|
Biografia: MEU NOME É JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA. NASCI NA CIDADE DO SALVADOR, BAHIA EM JUNHO DE 1982.
EXARO POEMAS DESDE OS DEZESSEIS ANOS DE IDADE E ULTIMAMENTE TENHO O ENSEJO DE PODER PUBLICÁ-LOS EM ALGUNS NICHOS DE POESIA PRESENTES NO COSMO CIBERNÉTICO. CONTUDO, APESAR DE USAR A POESIA COMO UM INSTRUMENTO DE CATARSE PESSOAL E TAMBÉM FERRAMENTA DE REFLEXÕES SOBRE O MUNDO EM QUE VIVEMOS, NÃO ME CONSIDERO UM POETA POIS ESTE É UM ALQUIMISTA DA PALAVRA ÁCIDA. EM OUTROS TERMOS, QUERO DIZER QUE O BARDO É AQUELE CAPAZ DE TRANSMUDAR CHUMBO DA COTIDIANA EM ROSAS DE OURO.
EM DERRADEIRA ANÁLISE, EU GOSTARIA DIZER QUE TODOS TEMOS QUE PROCURAR UM CAMINHO PARA NOS EMANCIPAR MESMO QUE SAIBAMOS QUE MUITOS DE NÓS TROPEGAREMOS EM VEZ DE CAVALGARMOS. SIM, E É POR ISSO QUE MINHA PESSOA ESCREVE: PARA QUE, NO TROPEGAR DE MINHA POESIA, EU POSSA ENCONTRAR A LIBERDADE. FALO TAL COISA, PORQUE UMA VEZ MARTIN LUTHER KING DISSE:
--- "PODEM APRISIONAR MEU CORPO, MAS NÃO A MINHA MENTE".
ATENÇÃO: TODOS OS POEMAS FORAM REGISTRADOS PELA
BIBLIOTECA NACIONAL, SITUADA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E SE ENCONTRAM SOB A PROTEÇÃO DA LEI
DOS DIREITOS AUTORAIS N° 9.610/98 |
Número de vezes que este texto foi lido: 61678 |
Outros títulos do mesmo autor
Publicações de número 1 até 10 de um total de 19.
|
|
|
Textos mais lidos
|