Se de verdade alguém quiser amar,
terá uma condição a ser cumprida:
há de aprender depressa a perdoar
e depois persistir por toda a vida!
Sem o perdão, não para de sangrar
qualquer amor; tal qual mortal ferida
que obriga o coração logo a parar,
à míngua do que o pode dar guarida...
Perdão e amor nos lembram “siameses”,
tal qual nos mostra a vida tantas vezes:
se um dos irmãos padece, é sempre horrível...
Pois sofrerá o outro igualmente...
E se o perdão morrer, isto é infalível,
a morte para o amor será evidente!
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